Avaliação da ocorrência de fatores de virulência em estirpes de Escherichia coli em fezes de cães errantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Sydow, Anna Catharina Maia Del Guercio von
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-30082007-162316/
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo isolar e identificar os microrganismos aeróbicos e a frequência de isolamento de Escherichia coli patogênica ao homem em fezes de cães sem sintomas de colibacilose e assim averiguar a participação do cão como fonte de infeção de colibacilose humana. No período de setembro de 2002 a outubro de 2004, foram coletadas 220 amostras de fezes de animais capturados pelos CCZ de Guarulhos, Cotia e Barueri, cidades do Estado de São Paulo. O método de coleta foi através de swabs estéreis profundamente ao intestino dos animais anestesiados, mantidos sob refrigeração e em caldo BHI. As bactérias foram isoladas por semeadura em Mac Conkey, ágar sangue e Sabouraud. Houve crescimento de microrganismos em 100% delas. Foram isolados os seguintes microrganismos: 120 (54,54%) estirpes de E. coli em cultura pura e 76 (34,54%) estirpes em associação com outros agentes, Proteus mirabilis (2,27%), Klebsiella pneumoniae (2,27%), dentre outros microrganismos. Deve-se ressaltar ainda o isolamento de leveduras (Candida albicans) em associação com outros agentes a partir de 05 (2,27%) amostras de swabs retais. Uma vez isoladas, seus genes de virulência foram detectados por PCR. De um total de 196 estirpes de E. coli isoladas, 123 (62,75%) apresentaram um ou mais dos fatores de virulência estudados. Dessas 196 estirpes, 16 (8,16%) foram positivas para afa, 54 (27,55%) foram positivas para sfa, 38 (19,38%) foram positivas para pap, 66 (33,67%) foram positivas para aer, 31 (15,81%) foram positivas para cnf, 13 (6,63%) foram positivas para hly, 01(0,51%) foi positiva para VT2 e nenhuma das linhagens foi positiva para LT, STa e STb. Os cães aparentemente sadios, sem sintomas de colibacilose, poderiam estar participando da cadeia epidemiológica como reservatórios de E. coli uropatogênica ao homem, pois os genes encontrados com maior número foram aer, sfa e pap presentes em infecções extraintestinais, mais especificamente infecções urinárias. Os cães podem participar como reservatório de estirpes de E. coli resistentes a antimicrobianos. Das amostras de E. coli testadas, 85,64% apresentaram resistência à Cefalotina e 0% de resistência à Norfloxacina. Há a necessidade de mais pesquisas sobre o modo de transmissão das E. coli patogênicas entre o cão e o homem e dos fatores de virulência uropatogênicos encontrados com maior frequência tais como aer, sfa e pap.