Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Novelli, Táisla Inara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-25042023-163153/
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Resumo: |
O gado Nelore, apesar da sua rusticidade, também está sujeito as variações das condições térmicas do ambiente no sistema confinado, as quais podem afetar negativamente características importantes para obtenção de desempenho. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do sombreamento artificial sobre as características fisiológicas, comportamentais e de desempenho de bovinos da raça Nelores durante a fase de terminação em confinamento. O experimento foi realizado na Embrapa Pecuária Sudeste localizada em São Carlos/SP. No estudo foram utilizados 47 bovinos machos não castrados da raça Nelore, com 23 meses e peso médio de 450±16,3 kg. Os animais foram divididos em dois tratamentos: confinamento sem acesso a sombra artificial (tratamento sol; n=23) e confinamento com acesso a sombra artificial (tratamento sombra; n=24). A dieta foi formulada com alto teor de concentrado e os animais tiveram acesso ad libitum ao alimento e à água. Os parâmetros fisiológicos, comportamentais e produtivos estudados foram avaliados em função dos dias, das horas e turnos ao longo do segundo semestre de 2019. A análise de dados foi realizada por meio do software estatístico SAS. O desempenho produtivo dos animais foi avaliado pelas características peso vivo inicial e final, ganho de peso médio diário, rendimento de carcaça e conversão alimentar. Ambos os tratamentos obtiveram desempenho semelhante (P>0,05). O consumo médio diário de alimento não diferiu entre os tratamentos (P>0,05), mas o de água foi menor para os animais com sombra (P<0,10). Em termos de quantidade e frequência de visitas ao cocho e bebedouro, os tratamentos apresentaram diferença em função dos turnos (manhã, tarde, noite e madrugada). No turno da noite os animais sem acesso a sombra consumiram maior (P<0,05) quantidade alimento e visitaram mais o cocho (P<0,05) e, no turno da manhã, apresentaram maior (P<0,05) volume de água ingerido e número de visitas ao bebedouro. A frequência respiratória e as temperaturas da fronte, costado e garupa foram menores para os animais do tratamento sombra (P<0,05). A temperatura máxima do globo ocular e a temperatura retal não diferiu entre os tratamentos (P>0,05). A concentração de cortisol também não diferiu entre os tratamentos, mas após 84 dias foi menor para os animais com sombra (P<0,05). Durante a análise do comportamento foi observado um aumento de busca pela sombra a partir das 10 horas e, às 11 horas o índice de estresse térmico indicou condição de alerta. Ao meio-dia a proporção de animais e o tempo em ócio em pé foi maior no tratamento sol; contudo, os animais do tratamento sombra realizando este mesmo comportamento passaram mais tempo na sombra (P<0,05). Os animais sem sombra apresentaram maior (P<0,05) percentual de animais e tempo comendo às 10 horas; em contrapartida, o maior (P<0,05) percentual de animais comendo no tratamento com sombra foi obtido às 13 horas. A produtividade hídrica demonstrou que os animais com sombra produziram mais carne por volume de água ingerido (P<0,05). Portanto, por meio deste estudo foi possível concluir que o sombreamento artificial influenciou as características estudadas, trazendo efeitos positivos para os animais e ao meio ambiente, sobretudo para a obtenção de semelhante desempenho com menos recursos naturais. |