Digestibilidade e desempenho produtivo e metabólico de porcas alimentadas com três níveis de fibra bruta durante a gestação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oelke, Carlos Alexandre
Orientador(a): Ribeiro, Andrea Machado Leal
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/140925
Resumo: Melhorar o peso dos leitões ao nascimento e consequentemente ao desmame é um os principais desafios da suinocultura moderna, uma vez que ao serem melhoradas para produzir uma quantidade maior de leitões ao nascimento, as matrizes hiperprolíficas acabaram desenvolvendo uma característica indesejável, que é a produção de leitegadas com maior desuniformidade, e um número elevado de leitões com baixo peso ao nascimento. O objetivo do presente estudo foi avaliar a variação do nível de fibra bruta na dieta fornecida dos 74 aos 114 dias de gestação, sobre a digestibilidade dos nutrientes e da energia na gestação, desempenho produtivo e respostas sanguíneas das fêmeas nos períodos de lactação e gestação. Foram utilizadas 33 porcas distribuídas em um delineamento experimental inteiramente casualizado. Os níveis de fibra bruta (FB) nos tratamentos (T) foram: 3,3%, 7,0% e 10,1%. Para aumentar o nível de fibra a quirera de arroz e o farelo de soja foram substituídos parcialmente por farelo de arroz desengordurado e casca de soja. O consumo diário de nutrientes e energia foi similar para todo o período de gestação estudado, diferindo apenas o volume de ração consumida, que para o período dos 74 aos 90 dias de gestação foi de 2,10, 2,21 e 2,40 kg/dia, e para 91 a 111 dias de 2,47, 2,65 e 2,85 kg/dia para T1, T2 e T3, respectivamente. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo procedimento MIXED do SAS, e as médias comparadas pelo teste de Fisher (LSD). Análise de regressão foi realizada, utilizando-se a regressão linear ou quadrática conforme o melhor ajuste. Na gestação, o aumento de fibra da dieta proporcionou um decréscimo linear (P<0,05) na energia digestível (ED) e no coeficiente de digestibilidade aparente (CDA) (%) da matéria seca (MS), energia bruta (EB), proteína bruta (PB), carboidratos não fibrosos (CNF) e matéria orgânica (MO). Os níveis sanguíneos, na gestação, de proteína total e globulinas apresentaram um efeito quadrático (P<0,05) ao nível de fibra da dieta, já o colesterol apresentou um efeito linear crescente (P<0,05). Aos 105 dias de gestação e aos 4 dias de lactação os níveis de creatinina (P<0,05) foram maiores nas fêmeas que consumiram 10,1% de FB. O desempenho produtivo e reprodutivo das fêmeas na gestação e lactação, e o peso dos leitões ao nascimento não foram influenciados (P>0,05) pelos T, no entanto, o ganho médio diário das leitegadas apresentou um efeito linear crescente (P<0,05) com o aumento da FB da dieta. Concluindo, o aumento da fibra na dieta causou diminuição na digestibilidade dos nutrientes e energia, sem, contudo afetar o desempenho das matrizes na gestação, lactação e dos leitões ao parto. O uso da fibra na gestação melhorou o ganho de peso dos leitões na lactação.