Estabilidade de variedades de cana-de-açúcar (<i>Saccharum </i> spp) no Estado de Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1977
Autor(a) principal: Calheiros, Gratuliano Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210919-102103/
Resumo: Um dos objetivos do presente estudo, foi o de detectar a variabilidade dos padrões que são utilizados no programa de melhoramento da cana-de-açúcar para o Estado de Alagoas, em comparação com outras variedades previamente ensaiadas. Para tal, foram tomados os dadas de produção agrícola da primeira colheita em toneladas de cana por hectare (TCH), obtidos dos experimentos de competição de variedades instalados em blocos ao acaso nos anos de (1966 a 1973) e locais na região canavieira de Alagoas. Como padrões foram consideradas as variedades Co 331 e CB 45-3. Constituíram-se pares de grupos de experimentos nos quais um padrão ocorria junto com uma variedade, estimando-se as magnitudes relativas da componente de variância devida à interação genótipo x ambiente mais a de ambientes, a variância entre repetições dentro de ambientes e variância média do erro. Nesta análise conjunta da variância feita com apenas um genótipo, não foi possível isolar a variância da interação genótipo x ambiente da variância entre ambientes, A estimativa da variância fenotípica de cada variedade foi comparada com a estimativa da variância fenotípica do respectivo padrão. Para os padrões Co 331 e CB 45-3, foram agrupados 18 experimentos nos quais os mesmos ocorriam, fazendo-se a análise conjunta da variância de cada padrão e da média dos dois. Com as esperanças matemáticas dos quadrados médios entre ambientes foi possível estimar a componente devida à interação padrões x ambientes isolada da componente devida a ambientes. A estimativa da variância fenotípica de cada padrão foi comparada com a da variância fenotípica da média dos dois. Pelos modelos· matemáticos para a média de um padrão e para a média de uma variedade, foi estimado o erro do contraste entre estas, admitindo-se que a seleção seja feita pela comparação de um padrão com uma variedade ou clone sem o uso de repetições, um padrão repetido duas vezes, e com a média dos dois padrões, para efeito de seleção nos estágios preliminares do programa de melhoramento regional da cana-de-açúcar. A magnitude relativa da estimativa da variância devida à interação genótipo x ambiente maia a devida a ambientes, teve maior influência na variância fenotípica das variedades e dos padrões, contribuindo em média com 69%. Em média as variedades estudadas foram 41,3% mais variáveis que o padrão Co 331 e menos variáveis que o padrão CB 45-3 em 2,0%, A magnitude relativa da estimativa da variância entre ambientes, foi a que mais contribuiu para a variância fenotípica da média dos padrões. Ambos os padrões foram mais variáveis do que a média dos dois com 39% mais variável para CB 45-3 e 12% para Cd 331, A média geral de produção do padrão CB 45-3 foi de 99,79 TCH e a do Co 331 de 93,62 TCH. Houve significativa interação padrões x ambientes mostrando que a diferença entre ambos não e estável de um ambiente para outro. A escolha da média dos dois padrões para a comparação com variedades ou clones a serem indicados para o plantio comercial. dará mais eficiência na seleção, desde que ela mostrou menor interação por ambientes, ou seja, maior estabilidade para a região canavieira de Alagoas. O contraste entre a média de um padrão e a média de uma variedade ou clone sem o uso de repetição corno vem sendo feito nos estágios preliminares de seleção, de modo visual, apresentou um erro de 19,65% da média do padrão. Inferências feitas no sentido de reduzir este erro, repetindo-se o padrão duas vezes ou utilizando-se os dois padrões e tomando-se a média para efeito de comparação apresentou um erro de 18,45% e 17,02% da média de produção respectivamente. Nos estágios finais de seleção, que envolvem ensaios com repetições em vários ambientes, a estimativa do erro do contraste entre a média de um clone e de um padrão foi da ordem de 4,8% da média deste último. Tal fato indica que a recomendação de variedades apenas superiores ao padrão não apresenta urna segurança suficiente. Sugere-se que maior segurança pode ser obtida escolhendo-se variedades com produção pelo menos 10% superior à do padrão.