Detecção e quantificação da doença aterosclerótica extracraniana cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Zotin, Maria Clara Zanon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AVC
CTA
IAA
MRA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17158/tde-04012017-150226/
Resumo: Introdução: As doenças cerebrovasculares são consideradas atualmente a segunda principal causa de óbito no mundo e a terceira causa de anos de vida perdidos por mortalidade1,2. A aterosclerose de grandes artérias é uma das principais condições subjacentes associadas ao AVC isquêmico (AVCi) e correlaciona-se com maiores taxas de recorrência. A detecção e a estratificação da estenose extracraniana podem ser feitas através do Doppler, da angiotomografia computadorizada (ATC), da angiorressonância magnética (ARM) e da angiografia intra-arterial digital (AIA), sendo esta última considerada o método padrão-ouro. Objetivo: Avaliar a acurácia diagnóstica e a concordância entre os métodos de ATC, ARM com contraste (AM CC) e AIA na análise da estenose extracraniana. Determinar a frequência e caracterizar a estenose extracraniana em população brasileira sintomática. Metodologia: Foram avaliados retrospectivamente os exames AIA, ATC e ARM, de pacientes adultos sintomáticos admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (UE HCFMRP) no período 03/2014-03/2015, para detecção e estratificação da estenose extracraniana. Foram coletados ainda dados demográficos, clínicos e laboratoriais desses pacientes. Resultados: Observou-se alta acurácia da ATC e da ARM na avaliação de segmentos carotídeos, com sensibilidade de 100% e especificidade variando entre 78% e 100% para estenoses >=50%. Para segmentos vertebrais, observou-se menor acurácia dos métodos, sobretudo da ARM, com valores de sensibilidade e especificidade variando entre 60%-85% e 33-62%, respectivamente, para estenoses >=50%. A prevalência de estenose extracraniana >=50% em nossa população foi de 38,6% e de 23,4% para estenoses >=70%. O segmento vascular mais acometido foi a origem das artérias vertebrais. Os fatores de risco associados a estenose extracraniana foram: sexo masculino, idade avançada, tabagismo e elevada pressão arterial sistólica na admissão. Conclusão: A ATC e ARM representam métodos adequados para investigação de estenoses extracranianas, sobretudo carotídeas. Ambos os métodos, sobretudo a ARM, têm acurácia limitada na avaliação dos óstios vertebrais.