Fatores determinantes do hedge em empresas brasileiras de capital aberto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Yoshimura, Raytza Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-01122016-110003/
Resumo: A operação de hedge tem como função primária a proteção contra as oscilações de mercado, tais oscilações são subdivididas principalmente em variação da taxa de juros, taxa de câmbio e preço de commodities. Uma das maneiras para se operacionalizar o hedge é por meio da utilização de derivativos. Assim, é do interesse de credores, investidores e demais interessados obter mais informações acerca dessas operações, surgindo o seguinte questionamento: em empresas brasileiras de capital aberto, quais fatores possuem relação com a utilização de derivativos para fins de hedge de variação de taxa de juros e hedge de variação cambial? Dessa forma, o presente estudo busca apresentar as principais características de empresas brasileiras de capital aberto que fazem uso dos derivativos para fins de hedge, de câmbio e de taxa de juros, no período de 2010 a 2014. Primeiramente, foi verificado se o uso do derivativo pelas empresas tinha finalidade de proteção ou especulação. Essa verificação foi espelhada nos trabalhos de Allayannis e Ofek (2001) e Chernenko e Faulkender (2011). O modelo adaptado de Allayannis e Ofek (2001) baseou-se em uma análise em dois estágios para obter a informação sobre a finalidade do uso dos derivativos pela empresa. Já o modelo de Chernenko e Faulkender (2011) utilizou dados em painel e estimadores diferentes (between e within) para obter informações acerca das características das empresas relacionadas ao uso do derivativo para fins de hedge ou especulação. Agrupou-se ao modelo de Cherneko e Faulkender (2011) uma adaptação do modelo apresentado por Carneiro e Sherris (2008). O modelo utilizado por Carneiro e Sherris (2008) destacou-se por apresentar uma variável alternativa à tradicionalmente utilizada nos estudos das características relacionadas à operação de hedge. Portanto, o objetivo desse modelo agrupado foi obter as características das empresas, distinguindo-as quanto à finalidade do uso do derivativo (proteção ou especulação), com foco na proteção. Destaca-se, entre os resultados, que o montante das dívidas atreladas à moeda estrangeira foi apontado como uma característica relacionada ao uso de derivativos para fins de hedge. No entanto, há evidências de que as empresas mais alavancadas utilizaram os derivativos para fins de especulação no período analisado. Conclui-se, portanto, que, no período analisado, nem todas as empresas utilizaram os derivativos exclusivamente para fins de hedge.