Intelectualidade brasileira em tempos de Guerra Fria: agenda cultural, revistas e engajamento comunista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marta, Luciana Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13122012-095555/
Resumo: O presente estudo propõe-se a investigar a agenda cultural dos intelectuais comunistas brasileiros nas décadas de 1940 e 1950, período em que o mundo viveu um rearranjo de forças politicas, econômicas e militares com o início da Guerra Fria. O embate entre as duas potências antagônicas Estados Unidos e União Soviética - também se deu no campo ideológico, mediante intensa propaganda cultural fomentada por ambos os lados, a fim de trazer a intelectualidade e a opinião pública para sua esfera de influência. Buscamos identificar os principais temas e atividades com que se envolveram os intelectuais brasileiros de esquerda neste cenário. Para tanto, o trabalho teve como fonte de pesquisa três revistas culturais comunistas Literatura (Rio de Janeiro), Fundamentos (São Paulo) e Horizonte (Porto Alegre) editadas entre 1946 e 1956, que veicularam discussões relevantes a respeito da literatura e das artes plásticas como armas ideológicas, bem como sobre a participação do escritor e do artista na política e na democratização da cultura. Mereceram especial atenção os congressos promovidos pela Associação Brasileira dos Escritores (ABDE), as atividades do Movimento pela Paz Mundial - mobilização internacional que contou com ampla participação de intelectuais brasileiros - bem como as formulações sobre a estética do realismo socialista no início do século XX na URSS e a sua divulgação no Brasil no pós Guerra, por meio dos debates e interpretações que permearam a agenda cultural comunista brasileira.