Fazendo-os obedecer: moralidade, educação e trabalho nas politicas do IPES para a juventude brasileira durante a Guerra Fria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barbosa, Caio Fernandes lattes
Orientador(a): Sangiovanni, Laura de Oliveira lattes
Banca de defesa: Cardoso, Lucileide Costa lattes, Sangiovanni, Laura de Oliveira lattes, Brito, Antonio Mauricio Freitas lattes, Duarte, Ana Rita Fonteles lattes, Cowan, Benjamin lattes, Moreira, Raimundo Nonato Pereira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35963
Resumo: Acompanhando um grupo de intelectuais conservadores brasileiros ligados à Escola Superior de Guerra das Forças Armadas do Brasil, à Igreja Católica, à Liga de Defesa Nacional, à Associação Brasileira de Escoteiros e ao Instituto de Pesquisas Sociais, uma organização, fundada no início da década de 1960, desempenhou papel chave durante o golpe de 1964 e foi influente durante as formulações de políticas para a ditadura. Analiso o importante papel desses intelectuais na difusão de ideias sobre as juventudes e na promoção de políticas modernistas autoritárias, a fim de engendrar pânico moral. Defendo que esses intelectuais construíram uma agenda moral que guiou as políticas voltadas para as juventudes no Brasil. Exploro propostas conservadoras como a extinção da UNE (União Nacional dos Estudantes), a criação do Movimento Universitário para o Desenvolvimento Social (MUDES), a preparação de material didático, a tentativa de reintrodução do ensino religioso em instituições educacionais públicas, a criação da disciplina de Educação Moral e Cívica no ensino médio e Estudos dos Problemas Brasileiros nas universidades, a criação do Conselho Nacional de Moral e Cívica, a influência desses intelectuais na reforma universitária de 1969 e a formulação de uma abordagem educacional centrada nos negócios, que uniu o mercado de trabalho e o desenvolvimento, a tentativa de controle da juventude.