Variabilidade de paleocorrentes e interpretação de estilos de canais na formação Marizal, Cretá¡ceo, Bacia Tucano Central (BA)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ponte, Mariane Vivan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-13022020-152051/
Resumo: Caracterizar e estabelecer relações de reconhecimento entre o estilo dos rios atuais e do registro geológico sempre foi uma temática recorrente na área da geologia fluvial. Através do levantamento por meio do sensoriamento remoto de depósitos recentes deixados durante a migração lateral de rios ativos (scroll bars), obtiveram-se parâmetros que possibilitaram identificar padrões que individualizam cada estilo de canal. Para estabelecer aplicabilidade nos rios antigos, desenvolveu-se o método baseado na comparação da variância circular de rios ativos com dados obtidos em afloramentos, possibilitando por meio de dados de paleocorrente atribuir probabilidades do registro pertencer a determinado estilo de canal, pois as medidas azimutais de paleocorrente permitem a análise de dispersão, ou seja, através de sua variabilidade espacial e estudos dos canais modernos, é possível estimar tal índice. A coleta de dados de paleocorrente é sistemática e estratigraficamente controlada de forma que possam ser atribuídas a um mesmo evento de avulsão do canal. Desta forma escolheu-se o Membro Banzaê da Formação Marizal localizado na Bacia do Tucano Central (BA), sendo selecionados dois alvos (Banzaê e Tucano) e discriminadas quatro camadas de fácil acesso e correlação. Os dados passam por tratamentos de dados direcionais. Através de um denso número de medidas coletadas nos alvos, foi possível identificar que a variação das variabilidades oscilou entre 0,11 e 0,18 e obtendo probabilidades maiores de 70% de pertencerem ao estilo de canal Entrelaçado, que quando comparadas a análises de elementos arquiteturais prévios, o resultado foi o mesmo. A expansão dessa abordagem para outros depósitos fluviais de diferentes idades deve permitir avaliações mais consistentes das interpretações prévias de estilos de canal baseadas em modelos de fácies e arquitetura deposicional. Adicionalmente, a possibilidade de identificação de sistemas anabranching com índice de entrelaçamento entre 1,5 e 3,4 pelo método proposto deve permitir o reconhecimento, ainda escasso, desse tipo de sistema no registro geológico, posto que o estilo predomina em rios de grande porte ativos e é sub-documentado no registro antigo em decorrência da ausência de modelos de fácies que permitam o reconhecimento de suas características diagnósticas.