Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Machado, Yuri Matheus Minutella Bortoletto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-23112023-082355/
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Resumo: |
O presente estudo concentra-se na análise das arquiteturas fluviais atravessadas pelo Rio Japurá, utilizando fotomosáicos construídos a partir de fotografias obtidas durante a pesquisa de campo em 2020. O objetivo é compreender a evolução dos terraços fluviais, resolver problemas relacionados à origem desses depósitos e correlacioná-los com reservatórios fluviais de hidrocarbonetos. Os resultados obtidos mostram a presença de diferentes associações de fácies e elementos arquiteturais nos afloramentos dos terraços estudados. Foram identificadas barras fluviais, topos de barras e planícies de inundação, indicando processos de migração de canal e construção de barras. A análise dos terraços mapeados revelou diferenças na granulometria dos sedimentos depositados pelo Rio Japurá e pelo Rio Solimões. Os sedimentos do Rio Japurá são mais grossos, com presença de conglomerados e areias médias a grossas, enquanto os sedimentos do Rio Solimões são mais finos, com predominância de areias finas a muito finas. Essa dicotomia indica a existência de sistemas fluviais distintos na região. As medidas de paleocorrente mostraram duas tendências distintas nas amostras coletadas. As amostras a oeste, associadas ao Rio Japurá, apresentaram uma tendência geral para leste, com vetor médio mostrando valor de aproximadamente 80,9º, enquanto as amostras a leste, associadas ao Rio Solimões, mostraram uma tendência para o norte, com vetor médio de 12,3º. A diferença nominal entre os valores dos vetores médios foi grande o suficiente para descartar o potencial de ambas as tendencias terem sido geradas por uma mesma população, apontando para a possibilidade de essas tendências terem sido geradas por sistemas fluviais diferentes, sendo estes o sistema do Rio Japurá e do Rio Solimões. A direção norte do Rio Solimões implica na antecipação da confluência com o Rio Negro e caracteriza o maior registro de mudança de curso de um rio grande registrado até então Depósitos de rios de grande porte como Japurá e Solimões possuem potencial para análogos de reservatórios de hidrocarbonetos não marinhos. Os corpos arenosos têm dimensões favoráveis, porém a conectividade entre eles é um fator chave. Tecnologias atuais podem auxiliar no refinamento dos modelos de reservatório. Estudos mais aprofundados são necessários para avaliar o potencial desses reservatórios. Em resumo, este estudo contribui para a compreensão da evolução dos terraços fluviais na região amazônica, especialmente aqueles cortados pelo Rio Japurá. A caracterização das associações de fácies, elementos arquiteturais e medidas de paleocorrente permite inferir a dinâmica de deposição e as condições ambientais envolvidas. Além disso, a identificação das diferenças granulométricas entre os sedimentos dos rios Japurá e Solimões fornece informações sobre a natureza dos sistemas fluviais na região. Esses resultados são relevantes para o entendimento da geologia e do potencial de hidrocarbonetos em sistemas fluviais de grande porte. |