Caracterização molecular e funcional do gene USP2 em meduloblastoma pediátrico de grupo 3 e 4

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Jonas José da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-29102024-153557/
Resumo: Os Meduloblastomas (MBs) são tumores malignos de origem embrionária classificados molecularmente em: WNT (Wingless), SHH (Sonic Hedgehog), MBs Grupo 3 (G3) e Grupo 4 (G4). Os MBs de G3 e G4 são os de pior prognóstico por apresentarem frequentemente metástase ao diagnóstico e quimioresistência. Além disso, a identificação de novos biomarcadores de finalidade terapêutica é escassa a estes grupos de pacientes. O gene USP2, um efetor putativo de cross-talks com a via de fator nuclear NFκ-B, tem sido relatado como um potencial biomarcador de pior prognóstico e/ou alvo terapêutico em diferentes cânceres. Porém, não é evidenciado na literatura estudos que buscam investigar o papel do gene USP2 na oncobiologia dos MBs G3 e G4. Dessa forma, este estudo buscou investigar o perfil de expressão do gene USP2 através de análises in silico utilizando o banco de dados públicos (GSE85217) e ex-vivo (tecido tumoral) em cohort de 56 pacientes pediátricos por PCR em tempo real (qRT-PCR) em amostras de MBs. Adicionalmente, estudos in vitro foram realizados para promover a inibição farmacológica da proteína USP2 utilizando o composto ML364. Ensaios de viabilidade celular, clonogenicidade e Transwell, foram realizados para avaliar a viabilidade celular, potencial de formar colônias, migração, invasão nas linhagens D283 Med e USP-13. Além disso, foi realizado a combinação de drogas com o quimioterápico cisplatina. Por último, análises de enriquecimento de vias foram realizadas a fim de verificar o potencial papel de USP2 na modulação da via NFκ-B em MB. Como resultado, a superexpressão de USP2 foi identificada em pacientes diagnosticados com MBs G3 e G4, e esse perfil de expressão foi associado à presença de metástases e pior desfecho clínico. Além disso, a hiperexpressão de USP2 demonstrou potencial em discriminar os MBs SHH/WNT dos MBs G3/G4. Em continuidade, o tratamento com o composto ML364 diminuiu o perfil de expressão proteica de USP2, como também diminuiu significativamente o potencial de viabilidade celular, migração, invasão e formação de colônias nos modelos celulares de MBs G3 e G4 utilizados neste estudo. Em conjunto, nossos dados sugerem USP2 como um potencial biomarcador de pior prognóstico e potencial alvo terapêutico para os MBs de G3 e G4. Entretanto, estudos futuros são necessários para aprofundar estes achados.