Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Regina Cibelle de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8164/tde-03012022-160225/
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Resumo: |
O livro, como mercadoria, circula de um país para o outro, tanto traduzido como em sua língua original. Traduzir é uma forma de disponibilizar o conteúdo daquele livro para uma quantidade maior de pessoas, visto que nem todo mundo consegue ler no idioma de origem. Muitas vezes, um mesmo livro recebe várias traduções no decorrer do tempo, cada uma dando ênfase ao aspecto que cada tradutor considera mais relevante. Mas será que somente traduzir é suficiente para que o público consiga compreender uma obra que se passa em um local distante e com características de uma cultura diferente da sua? Alguns tradutores inserem notas ou comentários, com o intuito de alertar o leitor sobre determinados fatores. Levando em consideração esses aspectos, sabemos que várias versões de romances e novelas de A Comédia humana, de Honoré de Balzac, circularam e circulam pelo Brasil desde o século XIX. No entanto, somente a partir da década de 1940 começou a ser publicada uma edição completa pela Livraria do Globo, de Porto Alegre (RS). Com o auxílio de Paulo Rónai, crítico húngaro estabelecido no Brasil, após vir exilado durante a Segunda Guerra Mundial, o projeto inicial se tornou algo grandioso e foi muito além de traduzir e inserir comentários. Após ser convidado para escrever uma introdução geral para a obra, verificou alguns problemas que poderiam comprometer o produto final e sugeriu mudanças, como adotar a edição de referência francesa, padronizar e revisar as traduções, escrever introduções e notas de rodapé e selecionar um conjunto de textos críticos e imagens, todas aceitas pelos responsáveis pela editora. Nosso objetivo é analisar como o trabalho de Paulo Rónai fez com que a edição brasileira se tornasse tão completa e tão importante, pensada para que o leitor estrangeiro não se sentisse deslocado por falta de conhecimento de diferentes aspectos trabalhados pelo escritor francês. Apresentamos, inicialmente, um percurso histórico sobre a Livraria do Globo, responsável pela publicação. Analisamos as introduções, as notas, os textos críticos e as imagens e finalizamos com um levantamento de como essa edição foi importante para a leitura de Balzac em nosso país. |