Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Shimizu, Iara Sayuri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-21112023-172410/
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A ventilação protetora é uma estratégia altamente recomendada por diretrizes por aumentar a sobrevida de pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, entretanto estudos mostram que a adesão à ventilação protetora é baixa. Compreender as barreiras a sua implementação e o Conhecimento, Atitudes e Prática (CAP) em relação à ventilação protetora entre os profissionais de saúde é essencial para promover adesão, contudo poucos estudos avaliaram o CAP na ventilação protetora ou usaram uma abordagem multicêntrica. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o conhecimento, atitudes e prática de fisioterapeutas que trabalham em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em relação à ventilação protetora, e identificar fatores individuais e institucionais associados ao CAP entre fisioterapeutas. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, utilizamos uma pesquisa online usando um questionário CAP validado composto por 54 itens organizados em três seções: (1) características demográficas e profissionais; (2) informações institucionais, (3) itens sobre conhecimento, atitudes, prática, incluindo itens de conhecimento objetivo e barreiras à ventilação protetora. A pesquisa foi distribuída com o apoio de associações profissionais por e-mail e rede social. Calculamos um escore CAP e pontuações para conhecimento, atitudes e prática, usando uma escala padronizada de 0 a 100. RESULTADOS: Foram incluídos 408 participantes de todas as 27 unidades federativas do Brasil. A média de idade foi de 33±7 anos e 63% dos respondentes eram do sexo feminino. A pontuação mediana de conhecimento foi de 80 (IQ 7288) em 100, com 95% dos entrevistados concordando que estavam familiarizados com as configurações ventilatórias para promover ventilação protetora, mas 34% relataram que as pressões das vias aéreas nem sempre são discutidas durante as visitas multiprofissional. O escore CAP teve uma mediana de 71 (IQ 6279) em 100. Na análise multivariada, fisioterapeutas mais jovens, mais anos de formação e de experiência na UTI, participação em eventos/capacitações e treinamento oferecido pela UTI foram preditores independentes de maior escore CAP. As barreiras mais significativas para o uso da ventilação protetora foram a falta de educação para fornecer ventilação com baixo volume corrente e manter a ventilação protetora na ventilação com pressão de suporte. Os participantes relataram que houve um aumento na prática de ventilação protetora durante a pandemia de COVID-19. CONCLUSÃO: Neste estudo nacional, os fisioterapeutas tinham bons conhecimentos, atitudes e prática em relação à ventilação protetora, e a falta de educação foi um importante fator associado ao CAP. Discutir as pressões das vias aéreas durante as visitas multiprofissional da UTI e desenvolver treinamento específico pode melhorar a conscientização e a prática da ventilação protetora e impactar os resultados do paciente |