Efeitos da atelectasia sobre a lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica em um modelo de lesão pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fonseca, Lídia Maria Carneiro da lattes
Orientador(a): Pinheiro, Bruno do Valle lattes
Banca de defesa: Reboredo, Maycon de Moura lattes, Carvalho, Erich Vidal lattes, Amorim, Fábio Ferreira lattes, Retamal, Jaime lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00150
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16487
Resumo: A distribuição da lesão pulmonar na síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é heterogênea ocorrendo áreas atelectasiadas nas porções dorsais. Essas áreas podem potencializar a lesão pulmonar induzida pela ventilação mecânica (VILI) visto que as pressões geradas durante a abertura de alvéolos adjacentes aos colapsados são muito maiores que as geradas globalmente. A ocorrência do atelectrauma pela multiplicação do stress pulmonar na interface entre pulmão normoaerado e atelectasiado encontra apenas embasamento teórico e ainda não foi claramente demonstrada. Objetivo: Comparar a lesão pulmonar após um período de ventilação mecânica (VM) entre as regiões periatelectasia e de pulmão normoaerado de ratos com pulmão saudável ou com lesão pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissacarídeo (LPS) intraperitoneal em um modelo de atelectasia induzida por bloqueio brônquico. Métodos: Vinte e quatro ratos Wistar foram distribuídos em 4 grupos: controle de LPA e de atelectasia (SAL-C); controle de LPA com atelectasia (SAL-AT); LPA sem atelectasia (LPS-C) e LPA com atelectasia (LPS-AT). A LPA foi induzida pela injeção intraperitoneal de LPS. Após 24h, a atelectasia foi induzida pela introdução de êmbolo através da traqueia, até sua impactação na árvore brônquica (SAL-AT e LPS-AT). A seguir, os animais foram submetidos a VM protetora por duas horas com monitorização da mecânica pulmonar. Duas regiões pulmonares de interesse foram submetidas a análise histológica pela aplicação do escore de LPA: pulmão normoaerado e região de periatelectasia. Resultados: O escore de lesão pulmonar foi significativamente maior no grupo LPS-C (0,41 ± 0,13) em comparação com seu controle SAL-C (0,15 ± 0,51) (p < 0,05). As áreas periatelectasia apresentaram maior lesão pulmonar que as normoaeradas, tanto no grupo SAL-AT (0,44 ± 0,06 x 0,27 ± 0,74; p < 0,05) quanto no grupo LPS-AT (0,56 ± 0,09 x 0,35 ± 0,04; p < 0,05). A lesão nas áreas periatelectasia foi maior no grupo LPS-AT comparado ao grupo SAL-AT (0,56 ± 0,09 x 0,44 ± 0,06; p < 0,05). Conclusão: A atelectasia potencializou a lesão pulmonar ao seu redor durante um período de VM. A lesão foi mais importante nos pulmões previamente lesados por LPS.