Eficácia de quatro métodos de titulação da PEEP em pacientes com Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo no aumento da complacência estática do sistema respiratório nos três primeiros dias de ventilação mecânica: um estudo randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Maia, Israel Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5178/tde-14052024-124603/
Resumo: Introdução: Identificar a PEEP titulada que diminui o colapso pulmonar e ao mesmo tempo não provoque hiperdistensão de áreas não colapsadas na Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) tem sido um desafio. Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia de quatro métodos de titulação da PEEP em pacientes com SDRA no aumento da complacência estática do sistema respiratório nos três primeiros dias de ventilação mecânica. Método: Se trata de um estudo randomizado, controlado, unicêntrico, composto por quatro grupos de métodos de titulação da PEEP: tomografia de impedância elétrica (TIE), medida de pressão transpulmonar com cateter esofágico, de acordo com a melhor complacência e pela tabela PEEP/FiO2 de PEEP baixa. A PEEP foi titulada diariamente e mantida por 24 horas para leitura da complacência. O desfecho primário foi a complacência média do sistema respiratório no D0 a D3. Resultados: Foram randomizados 12 participantes para o grupo TIE, 13 para a pressão transpulmonar, 12 para melhor complacência e 12 para o grupo controle da tabela PEEP/FiO2. Todos pacientes foram considerados na análise. A maioria dos pacientes tinha SDRA moderada com mediana de PaO2/FiO2 de 172 mmHg [IQ 117 - 203], complacência de base de 25 ml/cmH2O [IQ 22 32] sem diferenças significativas entre os grupos. A diferença de complacência média do sistema respiratório do D0 ao D3 em comparação com o grupo controle da tabela PEEP/FiO2 foi de 0,03 ml/cmH2O (IC 95% de -2,74 a 2,8; p=0,98) no grupo de titulação da PEEP pela TIE; 1,9 ml/cmH2O (IC 95% -0,98 a 4,78; p=0,20) no grupo de titulação pela pressão transpulmonar e 1,42 ml/cmH2O (IC 95% de -1,35 a 4,19; p= 0,77) no grupo da titulação pelo método da melhor complacência. A complacência de base teve forte associação com a complacência média dos três primeiros dias, com coeficiente beta de 1,05 ml/cmH2O (IC95% de 0,93 a 1,16; p<0,01). A complacência basal foi o melhor preditor da complacência do sistema respiratório nos primeiros 3 dias nesses pacientes. A correlação entre os métodos com relação aos valores de PEEP titulada foi muito variável: forte entre TIE e Melhor complacência (r= 0.82), moderada entre TIE e tabela PEEP (r=0,59), entre Melhor complacência e tabela PEEP/FiO2 (r=0,56) e fraca entre Pressão transpulmonar e TIE, Melhor complacência e tabela PEEP/FiO2 (r= 0,3 e 0,31) e muito fraca entre a pressão transpulmonar e a tabela PEEP/FiO2 r=0,14). Porém correlação entre os valores de complacência geradas por essa PEEP titulada foram fortes entre todos os métodos (r0.9). Conclusão: Em conclusão, não houve diferença significativa entre os métodos de titulação da PEEP em relação a complacência média do sistema respiratório do D0 ao D3 em pacientes com SDRA. A correlação dos valores da PEEP entre os métodos é variável e a correlação da complacência do sistema respiratório gerados por estes valores titulados de PEEP é muito forte. A diferença média desses valores entre os métodos é pequena, porém com concordância baixa