Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Alcala, Glasiele Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-16062023-150620/
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) continua a ser a forma mais mortal de insuficiência respiratória. A pressão expiratória final positiva elevada (PEEP) não melhorou os desfechos clínicos, apesar de seus benefícios fisiológicos. Neste estudo, propomos uma estratégia de PEEP baseada na tomografia de impedância elétrica (EIT), que visa o melhor comprometimento entre colapso e sobredistensão, como parte de uma estratégia de proteção estendida que minimiza as pressões de condução até a extubação. Objetivos: Comparar duas estratégias de ventilação mecânica (PEEP-ARDSnet e PEEP-EIT) e seu impacto na recuperação da função pulmonar avaliado através do escore de lesão pulmonar aguda de Murray (com ajuste de escala para mortalidade e extubação). Na estratégia PEEP-EIT, buscou-se minimizar a Driving Pressure total através da otimização da PEEP, juntamente com um controle mais estrito da força muscular inspiratória durante a ventilação assistida ou espontânea. Métodos: estudo prospectivo, randomizado, aberto, controlado planejado para pacientes com SDRA moderada ou grave devido ao COVID-19, e com menos de 48 horas de VM antes da randomização. Os pacientes elegíveis foram alocados aleatoriamente para ventilação guiada pela TIE (grupo intervenção) ou ventilação guiada pela tabela PEEP-FIO2 segundo a estratégia ARDSNet (grupo controle). O desfecho primário foi a escala diária de lesão pulmonar modificada (mLIS). Essa escala leva em conta a radiografia torácica, a complacência do sistema respiratória, a oxigenação e a FiO2 (substituindo a PEEP da escala original). Varia de 0 a 4, sendo 4 a pontuação máxima em todos os domínios. Desfechos secundários foram dias livres de ventilação mecânica, dias livres de oxigênio, instabilidade hemodinâmica, choque e barotrauma. Todos os pacientes foram monitorados com TIE e submetidos a titulação Decremental da PEEP. A seguir, os pacientes foram randomizados na proporção de 1:1 para um dos dois grupos. Resultados: O estudo foi interrompido precocemente por causa do fim da pandemia. Um total de 76 pacientes foram incluídos na análise de intenção de tratar, 37 na intervenção e 39 no grupo controle. A média de mLIS ao longo de 28 dias foi semelhante entre os grupos (P=0,07), apesar da melhora mais rápida no grupo de intervenção (P<0,001). O tempo até a independência da suplementação de oxigênio foi menor no grupo de intervenção (P = 0,038). A sobrevida até 28 dias e os dias livres de ventilação mecânica foram semelhantes entre os grupos. Conclusão: A estratégia individualizada de PEEP em conjunto com a proteção pulmonar estendida foi viável, não apresentando grandes desvantagens. A parada precoce impediu conclusões definitivas, mas os resultados secundários encorajam o teste dessa estratégia em um estudo maior |