Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Isabel Morim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-30102014-170049/
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Resumo: |
O sistema de transporte tem importante papel para a dinâmica de uma cidade. Em São Paulo a partir do século XX o sistema viário passa a ser o principal elemento estruturador da cidade. Além de servir para o transporte urbano, este sistema serviu como base para a expansão urbana de São Paulo. No presente trabalho foi feita a análise do sistema viário estrutural paulistano. Foram analisados os planos urbanos entre 1930 a 2002 examinando suas propostas urbanas e suas diretrizes para o sistema viário. O Plano de Avenidas (1930) do engenheiro-urbanista Prestes Maia foi o primeiro plano de conjunto a estabelecer diretrizes para o sistema viário, englobando estas duas funções do sistema viário. O sistema viário radio-perimetral proposto neste plano repercutiu amplamente nas intervenções ao longo de todo o século XX. O conceito radioconcêntrico foi retomado em planos seguintes, mas houve uma tentativa de quebras deste paradigma no Plano Urbanístico Básico (1968) e Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (1971). Estes planos apresentaram o conceito de malha de vias expressas, um sistema totalmente independente do sistema viário existente, o qual diluiria o caráter mononuclear da metrópole. Dado as difíceis condições econômicas do período, o modelo não foi pra frente. Os planos seguintes priorizaram o transporte coletivo e para o sistema viário, retomaram o modelo radioconcêntrico. A partir da década de 1980, outro elemento passa a marcar o sistema viário paulistano: as avenidas de fundo de vale. Dada a falta de recursos para intervenções viárias, amparando-se no Plano Nacional de Saneamento, foram implantadas várias avenidas ao longo da canalização de corpos d´água. Também a partir da década de 1980 observa-se uma maior difusão das intervenções viárias. Antes concentradas na região central e o vetor sudoeste, neste período há uma ampliação na área de intervenção (sentido Norte e Leste). A descentralização destas intervenções viárias contribuiu para o desenvolvimento de centros locais dissociados ao núcleo central, o que havia sido proposto como estratégia urbanística para São Paulo desde 1958 com a publicação do estudo da SAGMACS. Desde a divulgação deste estudo, a descentralização urbana passou a ser integrar todos os planos urbanos propostos para a cidade com diferentes medidas estratégicas: desde o desenvolvimento de centros locais, até a descentralização política. Apesar disso, até o final do período estudado, continua a haver uma concentração de investimentos para obras de grande porte na região central e sudoeste. Segundo Villaça, em São Paulo as classes mais altas tendem a se concentrar no quadrante sudoeste do município, região a qual também se concentraram os investimentos públicos. Ainda segundo Villaça, uma vez que não obrigatoriedade de aplicação das diretrizes presentes no plano diretor, ele tem pouco servido para o equacionamento dos problemas urbanos e, na verdade, tem permitido a perpetuação de ações não igualitárias sobre o território urbano. |