Aumento das concentrações séricas de YKL-40 e sua expressão nos tecidos musculares de pacientes com síndrome antissintetase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carboni, Renata Casseb de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-02052022-101508/
Resumo: Introdução. A proteína 1 similar à quitinase-3 (YKL-40) tem sido associada a diversos processos fisiológicos, como inflamação, angiogênese, proliferação celular, fibrose e remodelação tecidual. O aumento da concentração sérica de YKL-40 tem sido descrito em várias doenças autoimunes sistêmicas, exceto na síndrome antissintetase (SAS). Objetivos. Avaliar a concentração sérica de YKL-40 em pacientes com SAS, e correlacioná-la com parâmetros demográficos, laboratoriais e clínicos, status de doença e tratamento medicamentoso. Por fim, avaliar a expressão de YKL-40 nos tecidos musculares destes pacientes. Métodos. Trata-se de um estudo transversal, unicêntrico, de 2017 a 2019, que incluiu 64 pacientes adultos com SAS pareados por idade, sexo e etnia com 64 controles saudáveis. As concentrações séricas da YKL-40 foram avaliadas pelo método ELISA, enquanto a expressão da YKL-40 nos tecidos musculares foi analisada por técnica de imuno-histoquímica na biópsia de 5 pacientes. O status de doença foi avaliado pelo escore de Myositis Disease Activity Assessment Visual Analogue Scales. Resultados. A média de idade dos pacientes foi de 44,8±11,8 anos, com duração mediana da doença de 1,5 (0,0-4,0) anos. Os pacientes eram predominantemente do sexo feminino (82,8%) e brancos (73,4%), comparáveis ao grupo controle. A maioria dos pacientes apresentava doença estável. A mediana da concentração sérica de YKL-40 foi maior no grupo SAS do que no grupo controle: 538,4 (363,4-853,1) pg/mL versus 270,0 (201,8-451,9) pg/mL, respectivamente; P<0,001. No entanto, após análise multivariada, a YKL-40 não se correlacionou com nenhum parâmetro clínico, laboratorial, status de doença ou terapêutica (P>0.05), exceto com a concentração sérica de fator de necrose tumoral (TNF-) (correlação de Spearman: rho=0.382; P=0.007). A YKL-40 estava expressa em tecidos musculares com a presença de infiltrados de células inflamatórias. Conclusões. Pacientes com SAS apresentam alta concentração sérica de YKL-40, a qual se correlacionou positivamente com a de TNF-. No entanto, não houve correlação entre os níveis séricos da YKL-40 com os parâmetros demográficos, status de doença, autoanticorpos, comorbidades ou parâmetros terapêuticos. Além disso, a YKL-40 mostrou-se expressa em tecidos musculares com infiltrados de células