Fosfato tricálcico e hidróxido de cálcio no reparo ósseo em coelho. Estudo histológico e histomorfométrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Seo, Juliana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-19012016-172450/
Resumo: A deficiência óssea requer procedimentos restauradores como uso de enxertos e substitutos ósseos para a reabilitação estética e funcional. Com o desenvolvimento dos biomateriais, a biocerâmica à base de fosfato de cálcio tornou-se alternativa promissora para a recomposição de estruturas ósseas, entretanto não apresenta potencial de osteoindução. O material hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) demonstra propriedades antibacterianas e capacidade de induzir a formação de tecido ósseo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processo de reparo ósseo proporcionado pelo BTCP e Ca(OH)2 , isolados e associados. Realizou-se experimento em tíbias posteriores de dezoito coelhos. Dois animais receberam marcadores ósseos para fluorescência (alizarina, calceína e tetraciclina), e para cada tíbia foi utilizado um tipo de material de preenchimento (BTCP, Ca(OH)2, BTCP com Ca(OH)2 e sangue como controle); sendo eutanasiados após 56 dias para a análise de fluorescência e histomorfometria. Os 16 coelhos restantes foram aleatoriamente selecionados para receber os quatro materiais de preenchimento. Estes foram eutanasiados nos tempos de 14, 28, 42 e 56 dias para a análise morfológica microscópica com coloração em hematoxilina e eosina. Observou-se formação óssea em todos os grupos, e os que utilizaram BTCP apresentaram atraso para o início da reparação. O sítio preenchido com sangue ocorreu apenas o reparo da estrutura lesada, consistindo na reconstituição da cortical óssea e tecido medular em 28 dias. Aos 56 dias, o grupo de BTCP com Ca(OH)2 apresentou maior formação de trabéculas no interior da tíbia. Na avaliação histomofométrica, o marcador calceína apresentou maiores valores de deposição óssea em relação à alizarina e tetraciclina. Conclui-se que os biomateriais BTCP e Ca(OH)2 estão diretamente envolvidos na formação de tecido ósseo no interior do defeito; a combinação do Ca(OH)2 com BTCP mostrou aumento do potencial de formação óssea; e houve maior deposição óssea no período entre quinta e sexta semana de reparação indicado pelo marcador calceína.