Cimento experimental bioativo à base de glicerol salicilato contendo α-fosfato tricálcico para uso endodôntico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Portella, Fernando Freitas
Orientador(a): Samuel, Susana Maria Werner
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/116455
Resumo: O tratamento de canal ideal compreende a desinfecção e selamento do sistema de canais radiculares, de forma a impedir a reinfecção e permitir o reparo dos tecidos periapicais. Para isso é necessário o emprego de materiais que promovam um perfeito selamento, o que até o presente momento não foi completamente alcançado. O objetivo do presente estudo in vitro foi desenvolver um cimento endodôntico à base de resina de glicerol salicilato e α-fosfato tricálcico (αTCP), que apresente potencial de estimular a deposição mineral. Os cimentos foram formulados a partir de 70% em massa de uma resina de glicerol salicilato, obtida a partir da reação de transesterificação do salicilato de metila com o glicerol, e 30% em massa de carga inorgânica, composta de hidróxido de cálcio e αTCP, em diferentes proporções: 30% Ca(OH)2, 25% Ca(OH)2 + 5% αTCP, 20% Ca(OH)2 + 10% αTCP, 15% Ca(OH)2 + 15% αTCP. A resina sintetizada foi caracterizada por cromatografia de exclusão por tamanho, ressonância magnética de prótons e espectroscopia Raman. Os cimentos foram caracterizados quanto ao tempo de presa, degradação in vitro, potencial de alcalinização do meio, citotoxicidade e capacidade de estimular a deposição mineral. A resina de glicerol salicilato foi obtida por meio da reação de transesterificação, com 72% de rendimento. Os grupos avaliados apresentaram um tempo de presa de 240 min a 405 min e capacidade de alcalinizar o meio. Além disso, o aumento na concentração de αTCP diminuiu a degradação dos cimentos. A viabilidade celular após 48 h de contato direto com os cimentos experimentais não apresentou diferença quando comparada a um cimento obturador comercial (AH Plus) usado como referência. Os cimentos contendo 10% e 15% de αTCP exibiram a presença de uma camada superficial rica em fosfatos de cálcio após a imersão em água e simulated body fluid (SBF) por sete dias, verificada por espectroscopia Raman e MEV-EDS. Os resultados mostraram êxito no desenvolvimento do cimento endodôntico bioativo à base de resina de glicerol salicilato e α-fosfato tricálcico.