As epistulae ex ponto de Ovídio: tradução dos livros I e II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Albino, Geraldo José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-07092022-084815/
Resumo: Públio Ovídio Nasão (43 a.C.-17 ou 18 d.C.), oriundo de uma abastada família eqüestre, era amigo de Horácio, Propércio e Tibulo. Sua verve e versatilidade poéticas são unanimemente reconhecidas até pelos que o criticam. Forçado a deixar Roma, Augusto impõe-lhe como residência o pequeno porto de Tomos, situado à costa oeste do Mar Negro, nos confins do Império. Se nas obras anteriores ele soube cantar com tanta arte e compreensão humanas as dores de outrem, nos Cantos tristes e sobretudo nas Cartas pônticas, sublimando a métrica do dístico elegíaco, ele tem a oportunidade de cantar, numa lancinante linguagem do pesar, sua própria desgraça. Ele não obteve o perdão e o regresso à pátria, nem sequer a transfência para uma região menos belicosa e menos glacial, mas foi poeta até o fim em toda a dimensão da palavra, cultivando a poesia, sua única tábua de salvação em sua fatalidade, o lenitivo contra suas angústias e humilhações. O poeta, cumulado de sofrimentos físicos e morais, seguindo, talvez, a mutatio formae mais significativa de seu destino, cede lugar ao artista cheio de altivez, confiando no poder miraculoso de sua arte, que está acima de toda força humana. Seu espírito é livre, e ninguém pode exilá-lo. Ele sobreviverá e lhe dará a imortalidade com as Heróides, os Amores, A arte de amar, Os remédios do amor e os Cosméticos, com as Metamorfoses e os Fastos, com os Cantos tristes e as Cartas pônticas, suas obras mais conhecidas que pertencem ao patrimônio universal da cultura. Nossa dissertação tem como objetivo apresentar uma tradução fiel ao texto original latino, dos dois primeiros libelli das Pônticas, com a particularidade de que optamos por traduzir os dísticos ovidianos à prosa. Para as notas, utilisamos as edições de J. André, de J. G. Vásquez, o Dictionnaire de la mythologie grecque et romaine, de P. Grimal e o Dicionário Oxford de Literatura Clássica grega e latina (tradução de Mário da Gama Kury). ) As epístolas traduzidas são precedidas de uma síntese introdutiva com informações sobre os destinatários