Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ugartemendia, Cecilia Marcela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-28072022-190514/
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Resumo: |
O objeto de pesquisa encontra sua delimitação no estudo dos Tristia e das Epistulae ex Ponto, poemas do exílio de Ovídio, período que se estendeu até sua morte. Nestas obras, a construção discursiva da tópica do exílio soma-se à reflexão poética sobre sua nova situação como relegatus. Essa combinação dá lugar à necessidade da construção da autoridade poética da persona exilada, que pode ser traçada ao longo destas duas obras. Ao analisar o modo como Ovídio concebe o exílio, surge a hipótese de avaliar se e como a experiência disruptiva do exílio para um poeta romano como Ovídio o leva a utilizar estratégias discursivas que lhe permitam erguer-se a si próprio como modelo de poeta exilado. Na construção da autoridade poética ovidiana, delimitaremos três aspectos a serem analisados. O primeiro versa sobre a figura do poeta exclusus como auctor. A partir deste aspecto, estudaremos a relação do poeta com a) a construção de sua memória em Roma; b) a reiteração na eleição do gênero de epístolas elegíacas que leva a fechar sua carreira poética, prestigiando o gênero por ele proposto e caracterizado como ignotum opus (Ars 3. 346); e c) a reivindicação da persona exilada como auctor e vates. O segundo aspecto terá como eixo a figura do poeta como centro do mito do exílio, nos termos de Claassen (1988). Ovídio constrói a persona como modelo de exilado e, portanto, autoridade incontestável sobre o tema. Aqui dedicaremos maior atenção a) às caraterísticas do poeta como etnógrafo da região na qual é forçado a viver e b) às comparações estabelecidas pelo poeta entre sua persona e figuras míticas da tradição. O último aspecto visa estudar a tensão que surge a partir do confronto da autoridade poética e autoridade política, especialmente no que diz respeito à relação entre o poeta, o divus princeps e a domus Augusta. |