Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Jordão, Barbara Gomes Flaire |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-24052022-155320/
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Resumo: |
As discussões apresentadas nessa tese baseiam-se em uma década de experiências com o uso da Cartografia Tátil no ensino de Geografia para pessoas com deficiência visual (D.V.), nas quais fazia-se uso de materiais didáticos adaptados e de diferentes metodologias para acompanhamento das aulas desta disciplina em escolas inclusivas. Entretanto, durante essas experiências notamos haver uma necessidade de avançar em relação ao arcabouço teórico-metodológico a fim de acompanhar as mudanças no ensino da última década, principalmente, com a inserção de tecnologias diretamente relacionas à Geografa, como imagens de satélites e aplicativos de geolocalização, que mobilizam processos cognitivos específicos ao serem utilizados. Nesse sentido, os teóricos que trabalham com pensamento espacial promovem reflexões bastante importante para o ensino de geografia no contexto citado, e mais ainda, revalidam importância da Geografia e da Cartografia como conteúdos essenciais para todos os estudantes na atualidade, dando origem ao nosso problema de pesquisa. Investigamos como de que maneira podemos, quanto professores, mobilizar o pensamento espacial no público com deficiência visual por meio dos mapas táteis, tendo em vista sua característica estruturante para a ciência geográfica e discutimos a importância desse processo cognitivo para a construção do raciocínio geográfico. Para isso, analisamos experiências com a Cartografia Tátil na educação básica e as relacionamos aos campos do pensamento espacial: conceitos, representações e habilidades. Nossa hipótese principal, criada a partir de estudos empíricas e do aporte teórico, acredita que o pensamento espacial em pessoas com deficiência visual apresenta-se como um elemento de autonomia e que esses ganhos estão relacionados ao ensino de Geografia para esse público. A pesquisa, cuja abordagem é de caráter qualitativo e cuja perspectiva é histórico-cultural, baseou-se em dois momentos distintos, porém articulados. Primeiro, atentamos para a seleção de uma bibliografia do campo da Cartografia Escolar, da Cartografia Tátil, do Pensamento Espacial atrelado ao ensino de Geografia, o que possibilitou a construção de um aporte-teórico atualizado sobre a relação entre a Geografia e a Cartografia no ensino, reafirmando a validade de ambas no contexto escolar. Em um segundo momento, houve a análise de atividades empíricas anteriores ao período pandêmico de 2020, a fim de identificar se as mesmas mobilizaram ou não o pensamento espacial e, a partir disso, incrementar as discussões sobre a educação geográfica. A investigação demonstrou que, embora o pensamento espacial não esteja explícito nas bases da Cartografia Tátil, é possível, por meio dos mapas táteis, que a maior parte dos conceitos e das habilidades espaciais sejam mobilizados para o desenvolvimento do raciocínio geográfico, permitindo ao estudante com D.V. aprender, refletir e dialogar sobre o espaço. Assim, além de contribuir para uma educação geográfica consistente, o uso de mapas táteis possibilita uma leitura e atuação críticas sobre a dimensão espacial da realidade. As limitações desta pesquisa estão relacionadas ao conhecimento a respeito da cognição a partir do tato e aos desafios que a educação escolar no Brasil enfrenta. O contexto deste trabalho, consolida a necessidade de produção de conhecimento às Universidades, para que subsidiem a licenciatura em Geografia de maneira sólida e atual em suas bases teóricas, e com práticas interdisciplinares e inclusivas |