Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Waldirene Ribeiro do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8135/tde-19012017-124339/
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Resumo: |
A importância do uso de representações gráficas para o ensino e a pesquisa em Geografia é fundamental. Por meio destas representações é possível realizar análises sobre diversos tipos de informações geográficas, assim como as relações que podem ocorrer entre elas. No entanto, a maior parte das representações gráficas disponíveis está em formato impresso ou digital, ou seja, são elementos visuais, impossibilitando o acesso de pessoas com deficiência visual à informação. Os dados do Censo Escolar de 2013 apontam que mais de 90% dos estudantes com algum tipo de deficiência estão incluídos em salas regulares, a maior parte em Escolas Públicas. Estes dados demonstram a importância de fomentar debates sobre a educação inclusiva, sobretudo, com os professores da educação básica, para que práticas pedagógicas que realmente promovam a inclusão cheguem às salas de aula. Uma vez que os cursos de Licenciatura, de modo geral, não abordam de maneira satisfatória a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais, os cursos para formação continuada de professores que propõem o uso da Cartografia Inclusiva em sala de aula podem representar renovações pedagógicas significativas não apenas para os alunos com deficiência visual, para os quais as práticas visuais são pouco motivadoras, adicionando mais uma dificuldade aos seus estudos, mas para todos os alunos. Assim a introdução da Cartografia Escolar, particularmente da linguagem gráfica tátil na formação de professores da Educação Básica pode contribuir para um Ensino Inclusivo de Geografia. A utilização de recursos gráficos táteis possibilita a superação de barreiras informacionais, contribuindo para a integração da pessoa com deficiência na escola, no trabalho e na vida diária, além de se transformar em um recurso didático passível de ser utilizado em todas as salas de aula e com todos os estudantes. Desenvolver materiais e métodos que ajudem no ensino de Geografia para todos, independentemente de suas diferenças, mas respeitando suas necessidades é um passo importante para a vivência plena do conceito de inclusão escolar. Esta tese de doutorado traz os resultados de 15 anos de reflexões teóricas, pesquisas e experiências práticas com formação de professores em Cartografia Tátil e teve como objetivo principal desenvolver uma metodologia para a formação de professores em Cartografia Tátil, inserida na área da Geografia Inclusiva, a partir da análise das experiências já realizadas com oficinas e cursos ministrados para formação de professores, nos últimos 10 anos. Foram sistematizadas e analisadas as experiências com formação de professores em Cartografia Tátil realizadas no Brasil e no Chile no período de 2006 a 2015. A tese apresenta também uma discussão sobre o processo de educação continuada para qualificação do professor de Geografia, particularmente com relação à possibilidade de conhecimento e incorporação das produções acadêmicas mais recentes na área de Cartografia Inclusiva às práticas cotidianas dos professores e ao final foi desenvolvida uma proposta didática para oficinas de formação continuada para professores, assim como uma proposta para a estrutura e o conteúdo de um caderno de orientação para o professor. |