Cartografia escolar e pensamento espacial na construção do raciocínio geográfico no Ensino Médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paula, Igor Rafael de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-03062021-120220/
Resumo: Um dos maiores desafios para a aprendizagem em Geografia consiste em alinhar os conteúdos próprios da ciência às disposições curriculares aos desafios que o mundo globalizado impõe as situações sociais que se dão nos lugares. Reunir esses elementos consiste realizar um caminho metodológico que dialogue com diferentes realidades, ao mesmo tempo em que articulam-se categorias, conceitos, princípios e teorias que ofereçam razões sobre fatos e fenômenos. Neste sentido, a presente pesquisa pretende apresentar como a Cartografia e o Pensamento Espacial podem ser articulados teórico-metodologicamente para estruturar percursos de aprendizagem para construção do Raciocínio Geográfico. Como objeto de investigação de situação geográfica, escolhemos a precarização de condições sociais, de modo que os estudantes, apenas usando conjuntos de mapas, pudessem identifica-los na cidade de Porto Ferreira, no estado de São Paulo. Entende-se as cidades como espaços produzidos em um movimento histórico contínuo, fragmentado e conflituoso, estratificado socialmente, um território que reproduz relações sociais de produção, ideologias, condições que podem ser representadas de formas distintas. Para que processos que dão forma e explicam a vida na cidade possam ser compreendidos é necessário levar em consideração o papel da informação geográfica. Abdicar do uso de representações pode acarretar em sem que haja formulação argumentativa sólida a partir de elementos observados e confrontados. Nesse sentido pensamos em aliar os pressupostos teóricos e metodológicos da Cartografia Escolar e do Pensamento Espacial para avaliar de que maneira 116 estudantes, de uma escola predominantemente voltada para atender famílias de baixa renda e jovens trabalhadores, podem se valer da informação e do conhecimento geográfico em mapas para superar obstáculos e chegar a raciocínios mais elaborados. Para isso, o texto desenvolverá a experiência de pesquisa em quatro pontos: (I) a concepção do espaço urbano de Porto Ferreira-SP e as relações no espaço escolar; (II) uma discussão teórica relacionando o desenvolvimento teórico da Cartografia Escolar brasileira e as contribuições do Pensamento Espacial para o desenvolvimento do raciocínio geográfico; (II) A articulação entre categorias, conceitos e a organização de um vocabulário da Educação Geográfica enquanto base para formular percursos de aprendizagem, com base em cinco campos de conhecimentos; e (IV) os resultados da experiência a partir desta proposição metodológica e possíveis futuras perspectivas.