Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Padovan, Laila Renardini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-26032015-111601/
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Resumo: |
Esta pesquisa traz como ponto de partida minhas experiências poéticas como bailarina da dança denominada Contato Improvisação; experiências estas que vão ao encontro de um corpo sensível, expressivo e sobretudo criativo, a partir do qual é possível a vivência da própria subjetividade no aqui e agora de cada relação e de cada situação. Assim, através deste mergulho em experiências corporais do Contato Improvisação, desenvolvo reflexões e questionamentos acerca de três eixos temáticos centrais: as supostas dualidades corpo-mente, habitual-criativo e eu-outro. Para dar respaldo a esta pesquisa, encontrei ressonâncias em autores como Merleau-Ponty na fenomenologia e Winnicott na psicanálise (além de Marion Milner e Gilberto Safra, entre outros) que convergem, cada um à sua maneira, para a compreensão de que a constituição do self se fundamenta no corpo e na relação com o outro (Winnicott), e de que é importante ao ser humano ter a vivência de ser o próprio corpo e de ser-no-mundo (Merleau-Ponty), desembocando na possibilidade de vivência da criatividade. Como desdobramento desta pesquisa, deixo que estas reflexões tragam questionamentos a respeito da prática clínica, abordando a experiência corporal, a criatividade e a relação paciente-terapeuta, a partir de breves relatos de algumas experiências que vivi no atendimento de pacientes. Assim, nesta dissertação, faço uma leitura do Contato Improvisação a partir de Merleau-Ponty e Winnicott, sem a pretensão de reduzir esta dança aos conceitos destes autores, mas sim como uma tentativa de colocar em palavras um pouco deste universo que é mais corporal, sensorial e poético; e quem sabe poder aprender um pouco sobre maneiras mais criativas de se relacionar com o próprio corpo, com o outro e com o mundo. Em uma espécie de dança entre o Contato Improvisação, Winnicott e Merleau-Ponty, o texto vai se constituindo a partir destes encontros e diálogos, para poder deixar surgir novas criações e novos voos na discussão dos temas desta dissertação |