Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Bellocchio, Carolina Molinar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-01022018-125445/
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Resumo: |
Este trabalho nasceu do desejo de destrinçar a noção de escritura de Roland Barthes a partir do pressuposto de sua indistinção entre o aspecto estético e o ético. Considerando que desde seus primeiros escritos identifica-se esta percepção que a forma também é valor, desejamos mostrar como a materialidade da escritura encena essa ligação do escritor com seu presente ao longo de seus textos. Nessa travessia, defendemos que Barthes se apropriou das noções de discurso e enunciação, propostas por Émile Benveniste, uma vez que elas ajudaramno a conformar uma compreensão inédita da frase como atividade criadora, particular e inédita. Para Barthes, tal compreensão foi ao encontro de sua concepção sobre a escritura, possibilitando a esta ser entendida precisamente como produção de um sujeito sempre presente, mas que paradoxalmente se dissemina e se constitui pelo exercício da língua. A frase, assim, torna-se o espaço que o sujeito varia infinitamente, produzindo nuances que o afetam de modo contínuo. A escritura entendida como enunciação possibilita a Barthes o exercício infinito de uma forma que o vincula ao outro e que por isso designa uma inscrição ética, moral ou de moralidade, ondulação de nuances que dão-se a ver conforme o deslocamento de sua escritura. No encontro entre sujeito e mundo, da singularidade de seu corpo e dos corpos dos outros, a escritura torna-se o ângulo e o modo de enunciar cada vez \"uma visão sutil do mundo\". |