[pt] ISTO NÃO É UMA PERFORMANCE, É UM CAMINHO: OS CURSOS DE ROLAND BARTHES NO COLLÈGE DE FRANCE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: ANA CRISTINA BARTOLO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55783&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=55783&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.55783
Resumo: [pt] A tese tem como objeto os cursos ministrados por Roland Barthes no Collège de France (1977-1980) tomando como guia a enunciação barthesiana, explicitada no título desta pesquisa, de que estes cursos são por ele experimentados como um caminho associado à palavra chinesa Tao (cf. Barthes: protocolo da colheita). Esta concepção de caminho se oferece a Barthes como uma metodologia para a realização de uma nova prática de escritura que ele intitula como Romance. Na tese, a observação projetiva deste suposto método em operação é designada em termos de um mal-estar do método. Essa terminologia se justifica a partir de outra enunciação pessoal, esta proferida em Cerisy-la-Salle (1977), em que Barthes defende que a paixão do medo tenha o valor de método pois dela parte um caminho iniciático. Em outro eixo de desenvolvimento da pesquisa, há a simulação de uma poética do tempo que faz para corresponder a uma virada na naturalidade que Barthes designa como uma terceira volta do parafuso e que no curso A preparação do romance I está vinculada à prática do haicai. E, por fim, em um último eixo de abordagem, os cursos são trabalhados na perspectiva de um manual de escritura para destacar uma pedagogia suscitada pelo próprio texto barthesiano, ou ainda, pela singularidade de uma escrita que explicita seus procedimentos em um duplo registro: um dizer crítico-reflexivo associado a um mostrar poético-performativo. Nesse registro há uma reunião de considerações barthesianas relacionadas aos atos de abordar, anotar, apontar, burlar, captar, classificar, comentar, definir, descrever, escutar, fichar, flutuar, interpretar, observar etc. Barthes diz que um ponto de fuga do Curso seria a realização de um romance: passar da preparação para uma práxis de escritura. Mon Roland. Mon Roman. E, aqui, o retorno em espiral à problemática inicial do curso A preparação do romance I: como passar da anotação ao romance, do descontínuo ao fluxo, do fragmento ao não-fragmento. Ou ainda: como escrever um romance?