Inconfessadamente ditoso: trânsitos do eu nas escritas de Roland Barthes e de Ana Cristina Cesar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Priscila Pesce Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-10122015-161547/
Resumo: Ana Cristina Cesar e Roland Barthes são frequentemente caracterizados por uma dicção intimista e subjetiva, que o estudo especializado averigua ser resultado de articulações muito específicas do eu em seus textos. Esta dissertação inscreve-se nesses estudos, traçando a movimentação entre os espaços de intersecção, os de autonomia e o trânsito entre escritor e locutor em escritos de Ana C. e de Barthes. Examina a inclusão deliberada de determinados dados biográficos dos escritores no espaço textual da obra, pensando um arraigamento da escrita na biografia como projeto em Barthes e como inquietação em Ana C.. Discute os diários como espaço de modulação do eu na escrita, e também de correlatos como subjetividade e identidade, visto que os dois autores trabalham o gênero com finalidades literárias, operando nele certos deslocamentos. São também investigados modos de relação entre os meticulosos eus textuais e o Outro, em duas frentes: imagens fotográficas em livros dos autores e o anseio pelo outro, como interlocutor em Ana C. e como matéria e motivo de um narrar em Barthes. A análise se concentra sobre A teus pés, Crítica e Tradução e a iconografia de Inéditos e Dispersos de Ana C., e de Barthes, A Câmara Clara, Incidentes e Roland Barthes por Roland Barthes.