Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Chagas, Silvania Núbia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-02102007-153007/
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Resumo: |
Este trabalho tece uma comparação entre as obras de João Guimarães Rosa e Mia Couto, contemplando as semelhanças e diferenças entre seus projetos estéticos, tendo como fio condutor a tradição oral. Segundo Walter Benjamin, todos os grandes escritores hauriram da tradição oral e, Ángel Rama parece corroborar com isso, quando diz que os escritores da modernidade recorrem a essa vertente para tecerem as suas narrativas. Rosa e Mia se voltam para o passado e seus olhares se cruzam ao recriarem as lendas, mitos, ritos, provérbios e chistes na elaboração de seus textos. É certo que, a tradição oral em suas narrativas não representa os costumes de seus povos na íntegra, uma vez que, na obra de Guimarães Rosa é retratada como algo evanescente e, mesmo na de Mia Couto, que faz parte do cotidiano, ela já aparece fragmentada. Porém, a preocupação maior é com o processo de recriação, pois este acaba nos remetendo à história de seus países, uma vez que as perspectivas dos autores parecem convergir no mesmo ponto: a \"modernização\" implantada de maneira brusca naquelas sociedades, relegando a uma \"terceira margem\", grande parte de suas populações. Brasil e Moçambique são países que têm em comum a língua portuguesa, herdada do colonizador que foi o mesmo. No entanto, são portadores de culturas distintas, pois, apesar da semelhança entre os elementos que as compõem, os valores são diferentes. As narrativas de João Guimarães Rosa e de Mia Couto não representam a História, mas contam história. Dessa forma, narração, memória e História se entrecruzam de tal maneira, que as fronteiras entre ficção e realidade se tornam muito tênues. |