Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ghessi, Naiara Speretta [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255842
|
Resumo: |
Este trabalho tem como objetivo analisar os romances A noite da espera (2017), de Milton Hatoum, Mar azul (2012), de Paloma Vidal, e Azul corvo (2010), de Adriana Lisboa, de modo a relacionar a mobilidade que delineia a trajetória de seus narradores com as escritas de introspecção empreendidas por eles. O ponto de partida deste estudo reside na reflexão sobre questões relativas ao trânsito, à memória e à narração presentes nas três obras, haja vista que seus principais personagens estão deslocados geograficamente e, via escritura, buscam elaborar o passado e (re)construir as suas identificações e raízes. Ou seja, são indivíduos marcados pelo trauma que se deslocam geograficamente e, por meio da escrita, tentam elaborar o passado, tanto no que diz respeito as suas lacunas identitárias como no que concerne às lembranças traumáticas da ditadura civil-militar. O regime ditatorial atua como mola propulsora para os deslocamentos involuntários encontrados nessas narrativas e está imbricado às questões íntimas dos protagonistas, em maior ou menor grau. O que se coloca em evidência, dessa forma, é a importância desse contexto social e político como pano de fundo para as inquietações memoriais e identitárias dos protagonistas, não perdendo de vista o lugar que esses romances ocupam dentro do conjunto ficcional de seus escritores e no panorama mais amplo da narrativa brasileira contemporânea. Assim, a hipótese defendida por este trabalho é a de que o deslocamento para outro espaço realizado por esses protagonistas, bem como o afastamento temporal, contribui para um mergulho no interior de si na tentativa de (re)construir e elaborar as memórias traumáticas da ditadura civil-militar e/ou a identidade por meio da narração. |