Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Lucas Outeda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-02092020-180824/
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Resumo: |
O pioneiro nos estudos sobre a emoção do nojo foi Charles Robert Darwin no seu livro A expressão das emoções no homem e nos animais, publicado em 1872. O nojo é descrito como uma sensação repulsiva, primariamente relacionada ao sentido da gustação, percebido ou imaginado vividamente, e secundariamente desencadeado por outros sentidos, como olfato, tato, visão e audição. O nojo é uma emoção poderosa incluída tanto por Charles Robert Darwin quanto por Paul Ekman como uma emoção básica, com expressões faciais características, porém para ser melhor estudada necessita de medidas validadas em várias línguas. O principal objetivo deste trabalho foi validar para o português brasileiro uma escala de sensibilidade ao nojo desenvolvida por Joshua Tybur, constituída por 21 perguntas compondo três fatores, patógeno, sexual e moral. A amostra foi constituída por 598 participantes (30,6% homens e 69,4% mulheres), que responderam a Escala de Três domínios de Nojo via internet e por 305 participantes (38% homens e 62% mulheres) que, além da Escala de Três Domínios de Nojo, responderam a Escala de Nojo-Revisada. Foram feitas análises fatoriais exploratória e confirmatória, assim como análises de regressão e de convergência de validade entre as diferentes escalas que medem o mesmo constructo. As mulheres tiveram escores significativamente maiores de nojo sexual do que os homens. Com o aumento da idade os escores de nojo moral aumentaram significativamente. Além disso, encontrou-se efeito significativo de interação entre orientação sexual e sexo para nojo de patógenos. Os escores de nojo de patógenos foram significantes maiores em homens homossexuais que em homens heterossexuais. Encontramos em nossa amostra alto nível de nojo moral e baixo nível de nojo a patógenos. O maior nível do nojo sexual de mulheres em comparação com homens pode ser explicado por vários fatores, como risco de engravidar, violência sexual e educação conservadora. As duas escalas usadas neste estudo tiveram alto nível de correlação entre si, mostrando que são bons instrumentos para medir o constructo de nojo. A escala foi devidamente validada e está pronta para ser usada em outros estudos no Brasil |