Fosfatases de dupla especificidade interferem na resposta de células de adenocarcinoma ductal pancreático ao tratamento com gemcitabina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Vieira, Gabriela Maciel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-04082021-130011/
Resumo: O adenocarcinoma ductal pancreático (ADP) é a mais comum e mais agressiva neoplasia do pâncreas, possuindo um dos piores prognósticos dentre os tumores sólidos. Mutações no gene KRAS ocorrem em 95% dos casos de ADP e causam a ativação de diversas vias de sinalização, como as vias de proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPK). As principais vias de MAPK são as vias ERK, JNK e p38, que controlam processos celulares importantes para a tumorigênese e quimiorresistência. MAPKs são reguladas por mecanismos de feedback exercidos pela atividade de proteínas fosfatases, sendo as fosfatases de dupla especificidade (DUSPs) a principal classe. O papel das DUSPs na regulação da quimiorresistência do ADP ainda é controverso e pouco explorado. Sendo assim, este trabalho visou investigar o impacto da atividade regulatória das DUSPs na quimiorresistência do ADP. Inicialmente, foi realizado um screening fenotípico com o knockout de 25 genes da família DUSP pela metodologia CRISPR/Cas9 para identificar DUSPs que exercem influência na quimiorresistência à gemcitabina. Em seguida, foi investigado o papel do alvo de escolha na resistência à gemcitabina, por meio da avaliação de expressão gênica e proteica, da resposta do alvo ao tratamento com gemcitabina, bem como a influência da modulação do alvo em ensaios funcionais e na modulação da fosforilação de quinases. Os resultados mostraram que fosfatases da família DUSP, como DUSP1, DUSP2, DUSP11 e DUSP27 estão associadas com a resistência à gemcitabina, destacando-se nesse caso a DUSP2. Adicionalmente, foi observado que DUSP2 atua na redução da proliferação celular e na indução de apoptose frente à gemcitabina. Foi demonstrado também, que a indução de DUSP2 e o tratamento com gemcitabina causam a modulação da fosforilação de proteínas quinases como ERK1/2, p38, p53 e GSK-3. Interessantemente, a DUSP2 apresenta baixos níveis de expressão em amostras de ADP comparada com o tecido normal. Além disso, foi encontrado que DUSP2 apresenta correlação na expressão gênica e proteica com DUSP1, e que estas duas fofastase podem exercer funções redundantes e correlatas no contexto da resposta à gemcitabina em células de ADP. Em conclusão, nossos achados mostraram que DUSP2 atua na resposta à gemcitabina em células de ADP, inibindo a proliferação celular e aumentando a apoptose, por meio da modulação da fosforilação de proteínas quinases como ERK1/2, p38, p53 e GSK-3.