A utilização de Eucalyptus saligna Smith e Eucalyptus grandis Hill jovens na confecção de sarrafos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1983
Autor(a) principal: Baena, Eliseu de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20220207-182934/
Resumo: Visando obter melhores conhecimentos sobre a utilização da madeira de eucaliptos jovens em serraria, foram considerados neste trabalho o Eucalyptus saligna e o Eucalyptus grandis duas das espécies de maior ocorrência no Estado de São Paulo. Observou-se o comportamento do material em secagem natural e artificial separando-se pranchas oriundas da parte central da tora - peças radiais - da parte periférica - peças tangenciais - e pranchas intermediárias. A partir das pranchas foram obtidos sarrafos dos quais foram retirados os defeitos, utilizando-se "finger jointing" para emendar os pedaços selecionados, sem nós, rachaduras, esmoados etc. Após o acabamento final em sarrafos com 28,5 mm x 50 mm x 300 mm, dimensões comercialmente utilizadas como montante ou quadro de portas semi-ôcas, foram quantificados e analisados os diversos tipos de defeitos presentes para os respectivos tratamentos. Também são apresentados os rendimentos volumétricos obtidos nas diferentes etapas do processamento. A partir da análise e discussão dos dados obtidos pode-se concluir que: 1º - foi encontrada uma correlação, significativa ao nível de 10%, pelo teste t, entre os diâmetros dos toretes utilizados e o percentual de esmoado das pranchas tangenciais. Os valores de r encontrados foram de -0,36 e -0,34, respectivamente para o E. saligna e E. grandis; 2º - das três posições das pranchas estudadas, a mista (Radial + Tangencial) foi a que apresentou o maior percentual de rendimento de sarrafos acabados. Com menores níveis de aproveitamento, devido a presença de maiores proporções de defeitos, aparecem as pranchas radiais; 3º - o Eucalyptus saligna apresentou maior proporção de perdas, em relação ao E. grandis, devido aos nós; 4º - dos defeitos encontrados, as maiores proporções de perdas foram devidas às rachaduras, das quais as de topo, devidas às tensões de crescimento, representaram os maiores valores; 5º - o E. grandis apresentou maiores proporções de perdas devidas às rachaduras de topo, em relação ao E. saligna, sugerindo que a primeira espécie apresentava maiores níveis de tensões internas de crescimento; 6º - foi detectada uma alta variação, expressa pelo coeficiente de variação experimental, para os valores de rachadura de topo; 7º - as perdas devidas às rachaduras de medula não apresentaram diferenças significativas entre espécies; 8º - a secagem em estufa apresentou maiores perdas de madeira, devido à rachaduras de medula, comparada com a secagem ao ar livre; 9º - foi encontrada uma alta variação para os valores de rachaduras de medula expressa pelo coeficiente de variação experimental; 10º- levando-se em conta apenas os defeitos influenciados pelos tratamentos aplicados, o melhor desempenho foi apresentado pelo Eucalyptus saligna secado ao ar livre , enquanto que o pior desempenho ficou por conta da espécie E. grandis secado em estufa.