Ocorrência do colapso na secagem da madeira de Eucalyptus grandis e Eucalyptus saligna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Cavalcante, Anizio de Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-114747/
Resumo: Foram estudados diferentes tratamentos na prevenção do colapso por ocasião da secagem ao ar e em estufa da madeira de Eucalyptus grandis e E. saligna. Os métodos empregados no presente estudo foram realizados com o uso da solução de cloreto de amônio (NH4Cl), na concentração de 5g/l, sendo executados às temperaturas de 100°C (vapor amoniacal), 75°C e 50°C (solução amoniacal). No primeiro método, as amostras não entraram em contato direto com a solução, enquanto nos outros dois as amostras foram submersas na solução. Um outro método utilizado foi o incisamento das amostras. Foram feitos pequenos sulcos de aproximadamente 1,0 cm de comprimento por 0,5 a 0,8 cm de profundidade, em ambas as faces e no sentido da grã, com a finalidade de melhorar a evaporação da água livre. Além destes métodos foram utilizadas amostras sem nenhum tratamento anterior às secagens, compondo o grupo das testemunhas. Após aplicação dos tratamentos, foram realizadas secagens em estufa e ao ar livre. Para as secagens em estufa, foram utilizadas temperaturas de 30°C, 45°C e 60°C, todas com umidade relativa de 80%, visando não provocar uma secagem superficial muito rápida, que favoreceria a ocorrência do colapso. A secagem ao ar livre foi realizada nas dependências do Laboratório de Ciências Florestais da ESALQ com duração aproximada de 45 dias. As duas espécies foram analisadas quanto à ocorrência e quantificação do colapso. Notou-se que o colapso apresentado pelo E. grandis foi menor do que o encontrado para o E. saligna, talvez em função dos tratamentos com cloreto de amónio, que retiraram algum extrativo ou por esta espécie apresentar menor tendência ao colapso quando comparado ao E. saligna. A temperatura de secagem mostrou ser um fator decisivo no aparecimento do colapso, uma vez que os maiores índices de colapso apareceram com o aumento da temperatura. Tanto o E. grandis como o E. saligna mostraram o mesmo nível de permeabilidade antes e depois dos tratamentos químicos, demonstrando que os mesmos não foram eficientes em aumentar a evaporação da água livre. A interação entre índice do colapso e densidade básica entre as árvores das duas espécies mostrou que para o E. saligna houve uma correlação negativa e significativa ao nível de 1% de probabilidade. A equação que permite expressar a intensidade do colapso é a seguinte: I.C (%) = 0,855998 – 0,045131 x Densidade básica. Não foi notada nenhuma correlação entre o índice do colapso e as outras variáveis estudadas. Após as secagens foi executado um condicionamento à 80°C e umidade relativa superior a 80%, por 8 horas. Após esta fase, realizou-se outra análise onde notou-se que o E. saligna apresentou melhor resultado de recuperação desse defeito, apesar de ter mostrado maior índice do colapso antes do condicionamento. Notou-se que os resultados apresentados pelos tratamentos preventivos não foram eficazes em diminuir ou eliminar o colapso. O condicionamento foi o melhor método encontrado para a recuperação das madeiras colapsadas.