Urbanismo sustentável e o paradigma da resiliência. Aplicações em planejamento e projeto: estudos de caso nas intervenções urbanas da Línea K em Medellín, sistema teleférico do Complexo do Alemão e Parque Sitiê no Vidigal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Tiago Brito da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-22062017-164655/
Resumo: A presente dissertação tem por objetivo discutir a importância de uma postura resiliente para a busca do urbanismo sustentável. O termo \"sustentável\" e suas variantes passaram por um desgaste nas últimas décadas, formando uma barreira prejudicial à sua aplicação efetiva. A \"resiliência\", surge, então, como uma forma de revisitar a questão, através de um conceito oriundo da física, que possibilita conceber uma transposição teórica para a arquitetura e o urbanismo, disciplinas nas quais o tema pode colaborar na formulação de novas ferramentas e conceitos aplicáveis ao planejamento e projeto. Almeja-se, através da sua conceituação teórica, contribuir para a elaboração de uma postura resiliente e promover o termo \"resiliência urbana\" em direção ao enfrentamento da crise urbana, ocasionada pelo crescimento vertiginoso da urbanização mundial e da consequente aglomeração populacional nas cidades. Nos países em desenvolvimento, essa abordagem pode ser de grande utilidade, dado que a crise urbana é fortalecida pelo avanço da informalidade e pela formação de novos tecidos urbanos às margens do planejamento. O conceito de resiliência, neste caso, possibilita uma discussão voltada às questões de espontaneidade, improvisos, constantes mudanças e transformações, inerentes à condição urbana, se discutido dentro de uma abordagem de Sistemas Adaptativos Complexos. Para tanto, elaborou-se uma análise reflexiva, a fim de aferir a transferência da teoria para prática, a partir de três projetos urbanos já implantados: as intervenções em torno da Línea K, em Medellín, Colômbia, o sistema teleférico do Complexo do Alemão e o Parque Sitiê, ambos na cidade do Rio de Janeiro. A partir daí, pôde-se constatar que a visão sistêmica adaptativa e complexa da resiliência traz a possibilidade de promover a inter-relação entre sociedade, economia e ambiente na construção do meio urbano e, assim, encorajar uma nova postura frente a difusão de um Urbanismo Sustentável.