Arquitetura para cidades na América Latina contemporânea: distâncias e aproximações entre São Paulo e Medellín

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Wilderom-Chagas, Mariana Martinez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-24102019-165125/
Resumo: Este trabalho desenvolve um estudo comparativo entre Medellín e São Paulo, por meio de um panorama da produção recente da arquitetura e do urbanismo (A&U) nessas duas cidades. Para tanto foram selecionados projetos que propõem intervenções nas dinâmicas socioespaciais do território. Eles são mobilizados visando uma reflexão que contribua para ampliar os termos pelos quais a disciplina entende o universo material, social e conceitual com os quais interage. São analisados os processos de metropolização das duas cidades e os projetos que enfrentam essa condição. Constata-se que a A&U se depara com a necessidade de recobrar uma paisagem urbana que compreenda uma equidade socioespacial. Isso demanda a reconexão entre planos e projetos urbanos e a reconciliação entre infraestrutura e território, o que passa pelo reconhecimento da matriz urbana real. Também são analisados projetos que enfrentam a segregação socioespacial, perscrutando sua capacidade de não reproduzirem as desestruturações, diferenciações e afastamentos implícitos nesse processo, a partir do lote de intervenção. Nesse percurso também se extraem reflexões sobre a fragmentação dos espaços e a funcionalização da vida cotidiana. As contínuas atualizações do nosso descompasso social, que se agravam no capitalismo globalizado, exigem da arquitetura uma posição de resistência e de reação por meio de impulsos contra-hegemônicos. Isso se faz necessário diante dos processos disruptivos que atingem a produção do espaço (social) urbano. Essa proposição ressalta a dimensão sociourbana da A&U e recobra a relevância da disciplina enquanto ferramenta de grande potência crítica.