O acompanhamento terapêutico na assistência e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carniel, Aline Cristina Dadalte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-06082008-143012/
Resumo: A reforma psiquiátrica possibilitou transformações na assistência à saúde mental e o acompanhamento terapêutico (AT), como modalidade de assistência e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental, faz parte dessas transformações. Desde então, o acompanhante terapêutico vem ampliando seus conceitos e fundamentando suas bases teóricas, sendo sua prática cada vez mais aceita por diferentes profissionais e valorizada por preencher as lacunas deixadas pelos tratamentos psiquiátricos tradicionais, principalmente depois que as portas dos manicômios, que enclausuravam o referido portador de transtorno mental e as maneiras adequadas de assisti-lo e reabilitá-lo, foram definitivamente abertas. O objetivo do presente estudo foi investigar a contribuição do AT no processo de assistência e reabilitação psicossocial de um portador de transtorno mental assistido em um Centro de Atenção Psicossocial e escolhido com a ajuda de sua equipe multiprofissional. Para isso, foram estabelecidos 16 encontros de AT, os quais foram desenvolvidos em diferentes locais, observados, e seus conteúdos registrados após cada encontro, sintetizados e analisados, segundo o método qualitativo. Os resultados mostraram contribuição muito positiva do AT na assistência e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental, tais como: resgate de sua autoestima; retomada de realização de atividades que fazia anteriormente ao início dos sintomas de seu transtorno mental; motivação para novamente buscar o lazer e conviver de forma mais saudável no seu meio familiar e social; criação de momentos de confronto de seu estado mental com a realidade, possibilitando modificações no comportamento e melhoria da qualidade de vida. Assim sendo, foi possível considerar que o AT constitui-se em mais uma modalidade terapêutica contribuindo para a assistência e reabilitação psicossocial do portador de transtorno mental e pode ser incluído nos planos terapêuticos dos serviços de assistência à saúde mental, pois se trata de modalidade terapêutica não tradicional, totalmente inserida no contexto da reforma psiquiátrica, que tem como princípio básico a mudança no foco da assistência aos portadores de transtornos mentais.