Reabilitação psicossocial e o imaginário sobre o cuidado nos CAPS: uma pesquisa com profissionais de saúde mental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carvalho, Janine Lopes lattes
Orientador(a): Miranda, Lilian
Banca de defesa: Miranda, Lilian, Magalhães, Fernanda Carnavêz de, Sá, Marilene de Castilho
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14402
Resumo: No final da década de 70 deu-se o início do atual movimento pela reforma psiquiátrica brasileira. Neste período surgiram várias críticas à assistência psiquiátrica, tais como: ineficiência da atenção, fraude no sistema de financiamento e, principalmente, o abandono, os maus tratos e a violência a que eram submetidos os pacientes nos principais hospícios do país. Progressivamente, o modelo psiquiátrico manicomial foi sendo substituído pelo modelo da atenção psicossocial, no qual os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) assumiram a posição de organizadores da rede assistencial, assumindo o mandato de agenciar formas de cuidado singular, a serem desenvolvidos no território de vida das pessoas. Para trabalhar nos novos serviços de saúde mental uma importante noção é de Reabilitação Psicossocial, esta não é apenas uma necessidade técnica, é uma exigência ética que deve englobar a todos os trabalhadores e demais atores do processo de saúde doença, ou seja, usuários, suas famílias e, finalmente, a comunidade inteira. Inserida neste contexto, esta pesquisa tem por objetivo discutir como os profissionais de dois CAPS da microrregião de saúde de Manhuaçu/MG operacionalizam as práticas de reabilitação psicossocial nos respectivos serviços. Para tanto, adotaremos a pesquisa qualitativa, baseada no paradigma construtivista e na Hermenêutica Gadameriana. Foram observados os seguintes aspectos: articulação precária entre a rede inter e intra-setorial, a administração municipal funciona como um entrave para o trabalho em relação à compra de insumos e capacitação. Em relação à reabilitação psicossocial observamos que os profissionais associam o conceito de reabilitação psicossocial como retorno ao mercado de trabalho e que ainda persiste no imaginário dos profissionais o estigma do louco como incapaz.