O sistema de escrita japonês: além da fala

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Boiko, Leonardo Ferreira da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-08022017-105718/
Resumo: Existem muitos sistemas de escrita em uso pelo mundo. Quase todos eles são representações dos sons das línguas, compostos por poucas dezenas de símbolos. A escrita japonesa, porém, inclui caracteres chineses (kanji), que representam não só os sons mas também os sentidos; e, para isso, precisa empregar milhares de símbolos. A complexidade do sistema de escrita japonês torna-o mais difícil de aprender e de processar mentalmente. Por que então ele continua sendo usado até hoje? Haveria alguma vantagem? Investigando estas questões, descobrimos que a escrita japonesa permite formas de expressão que não seriam possíveis através da transcrição sonora pura, nem em sistemas de escrita mais simples. Esta observação é importante, não apenas para os estudos japoneses, mas para os estudos da linguagem escrita em geral: o caso japonês demonstra que a escrita não pode ser compreendida como um simples registro visual da fala, mas deve ser estudada como um sistema de acesso à linguagem com características próprias. Neste trabalho, analisamos algumas dessas formas de expressão específicas da escrita, tal como se apresentam no japonês.