Análise comparativa de erros colocacionais de brasileiros e chineses presentes em dois corpora de aprendizes de tradução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Miguel, Hernandes dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217790
Resumo: Colocações são casos de coocorrência léxico-sintática (TAGNIN, 2013) intrinsecamente ligadas a uma determinada cultura (ORENHA-OTTAIANO, 2020; AZEVEDO, SILVA, 2017; BIDERMAN, 2001a) e que, devido às suas caraterísticas essenciais como recorrência, arbitrariedade e convencionalidade (ORENHA-OTTAIANO, 2020), dão naturalidade e precisão ao discurso de uma língua, motivo pelo qual o seu conhecimento é de extrema relevância para aprendizes de tradução, que devem demonstrar fluência, agilidade e confiança suficientes para proverem serviços com rapidez e qualidade (GOUADEC, 2002). À luz da Linguística de Corpus (MCENERY, HARDIE, 2012; SINCLAIR, 2004; TOGNINI-BONELLI, 2001; ZANETTIN, 2001), dos Estudos da Tradução baseados em Corpora (ZANETTIN, 2011, 2001; BERNARDINI, 2006; BAKER, 1993) e da Fraseologia, sobretudo dos estudos sobre colocações (ORENHA-OTTAIANO, 2021, 2020; 2019, 2017, 2009, 2004; TAGNIN, 2013; MARTELLI, 2007) compilamos um corpus de aprendizes chineses avançados de português para compor o Corpus de Aprendizes de Tradução (CAT), desenvolvido na Universidade Estadual Paulista (UNESP), e analisamos em quais tipos de colocações (ORENHA-OTTAIANO, 2009; HAUSMANN, 1985) os erros colocacionais ocorrem com mais frequência na tradução de textos na direção L1 (chinês)  L2 (português). A fim de atestarmos as similaridades e/ou diferenças nos erros de aprendizes de tradução e estudantes avançados de LE de outros pares linguísticos quando da tradução para LE, também analisamos um subcorpus L1 (português)  L2 (inglês), formado por traduções de aprendizes de tradução e estudantes brasileiros avançados de inglês que compõem o CAT 1, com o propósito de compararmos os achados presentes em ambos os corpora. A compilação de 150 traduções L1 (chinês)  L2 (português) resultou em um subcorpus de 95.928 palavras incorporado ao CAT 3, ou CAT chinês. As análises conduzidas no subcorpus do CAT 3 e no subcorpus do CAT 1 corroboram estudos anteriores que apontam para a menor dificuldade que estudantes avançados têm em compreender as combinações em LE e para a maior dificuldade que possuem em produzi-las ou empregá-las corretamente (ORENHA-OTTAIANO, 2017, 2015, 2004; MARTELLI, 2007), assim como demonstraram que os erros colocacionais são recorrentes em todos os tipos de colocações. Por meio deste estudo, objetivamos prestar contribuições à pedagogia do léxico fraseológico, da tradução e de áreas correlatas, e, consequentemente, contribuir para a formação de tradutores e aprendizes de inglês, português e chinês.