Relações entre mecânica respiratória e medidas morfológicas em camundongos BALB/c.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santana, Jefferson Lima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3154/tde-26112019-103106/
Resumo: A mecânica respiratória de roedores é amplamente avaliada por intermédio da impedância do sistema respiratório que pode ser obtida por meio da técnica de oscilações forçadas (FOT), utilizando-se um ventilador mecânico para pequenos animais (SAV). Esse método é intrinsecamente dependente de uma característica física do animal, a massa corpórea, que é utilizada pelo SAV para ajustar as amplitudes das perturbações ventilatórias requeridas pela FOT. De modo a entender melhor a relação entre a avaliação da mecânica do sistema respiratório (via FOT) e as características físicas de roedores, este trabalho relacionou as propriedades mecânicas do sistema respiratório, utilizando parâmetros do modelo de fase constante (MFC) (Rn, G e H), com medidas morfológicas de camundongos BALB/c machos com 18 semanas de idade, como a massa corpórea, comprimento naso-anal (CNA), índice de Lee (IL) e volume dos pulmões ex vivo. Para estimar o volume total dos pulmões ex vivo dos animais, foi desenvolvido um aparato que aplica o princípio de Arquimedes. Este estudo foi desenvolvido com um modelo animal de inflamação pulmonar e seu grupo controle. A mecânica respiratória foi avaliada em condições basais sob duas formas de administração de solução salina tampão fosfato (PBS) via veia jugular direita: bolus (B) e infusão contínua (I). Dessa maneira, quatro grupos foram avaliados: OVA-B (n=6), que representa o modelo animal de inflamação pulmonar com administração de PBS por bolus; Controle-B (n=7), que simboliza o grupo controle do OVA-B; OVA-I (n=8), modelo animal de inflamação pulmonar, mas com administração de PBS por infusão contínua; e, por último, o grupo Controle-I (n=10), que caracteriza o controle do OVA-I. Correlações negativas e significativas foram observadas no grupo Controle-I para os parâmetros G e H com a massa corpórea (p < 0, 001 e p = 0, 011, respectivamente) e CNA (p = 0, 001 e p = 0, 001, respectivamente). Considera-se que essas associações significativas observadas no grupo Controle-I estejam mais relacionadas ao método aplicado para avaliar a mecânica respiratória desses animais (FOT), onde os de massa corpórea maior recebem amplitudes de perturbações ventilatórias maiores, do que às variações no volume (tamanho) dos pulmões entre esses animais, pois não foi verificada qualquer correlação positiva e significativa do volume dos pulmões estimado ex vivo com a massa corpórea ou CNA. Dessa forma, observou-se, também, que os parâmetros do MFC, obtidos via FOT, são mais suscetíveis a variações devido ao volume/fluxo de ar dentro dos pulmões, capaz de alterar as condições funcionais das regiões centrais e periféricas, do que as pequenas variações anatômicas no volume dos pulmões entre camundongos da mesma linhagem.