Avaliação da mecânica respiratória de camundongos submetidos à metacolina por via intravenosa: bolus vs. infusão contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vitorasso, Renato de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3154/tde-17032021-093455/
Resumo: As diferenças na administração de broncoconstritor afetam o desenvolvimento subsequente da broncoconstrição, afetando, portanto, a avaliação da mecânica respiratória. A mecânica respiratória é realizada por meio de modelagem matemática e o modelo linear aqui empregado é o Modelo de Fase Constante (MFC). Hipotetizou-se que variações na mecânica respiratória com diferentes protocolos de administração de Metacolina (MCh) poderiam ser observadas em um modelo de envelhecimento normal e em um modelo de inflamação pulmonar por asma (Ovalbumina - OVA). Assim, este trabalho teve como objetivo comparar protocolos de bolus e infusão contínua de MCh em dois cenários: 1) processo normal de envelhecimento; 2) camundongos inflamados e não inflamados. Além disso, como o MFC é um modelo linear, este estudo teve como objetivo determinar quantitativamente os efeitos de não linearidade em cada protocolo. Para tal, usou-se um coeficiente de não linearidade (kd). Juntamente com a não linearidade, este estudo teve como objetivo comparar a confiabilidade do modelo em cada protocolo. Foram encontradas diferenças estatísticas entre grupos e doses em ambos os protocolos. As diferenças entre grupos acerca dos parâmetros do MFC foram similares entre os protocolos bolus e infusão contínua para a linhagem SAMR1, sendo a elastância o parâmetro mais influenciado pelo processo de envelhecimento. Além disso, houve um incremento nos valores de kd nas primeiras mensurações após a injeção de MCh, i.e. pico observado, para o protocolo bolus, bem como menores valores de ajuste do modelo e uma maior incerteza dos parâmetros do MFC comparado ao protocolo de infusão contínua. Para a linhagem Balb/c, houve diferença entre OVA e controle nas doses de 0,3 e 1 mg/kg para Rn no protocolo bolus (p < 0,0001 e p < 0,001, respectivamente). Já no protocolo de infusão contínua, houve diferença entre OVA e controle na dose de 192 µg.kg-1.min-1 para Rn, G e H (p < 0,01; p < 0,001; p < 0,001, respectivamente). Ademais, assim como observado nos animais SAMR1, houve um incremento nos valores de kd nas primeiras mensurações após a injeção de MCh no protocolo bolus, bem como menores valores de ajuste do modelo e uma maior incerteza dos parâmetros do MFC. Portanto, com base nos resultados apresentados, o protocolo bolus mostrou-se mais não linear e menos confiável nos momentos de maior interesse (pico observado) que o protocolo de infusão contínua em ambas as linhagens. Para os animais SAMR1, as diferenças entre idades e doses encontradas foram semelhantes nos bolus e infusão contínua. No entanto, o protocolo em bolus foi capaz de melhor diferenciar o valor de resistência das vias aéreas de animais inflamados e não inflamados, i.e. Balb/c, e, neste cenário e linhagem, o protocolo de infusão contínua foi mais sensível às variáveis do MFC relacionadas ao parênquima pulmonar. Logo, estes achados devem ser levados em consideração durante o delineamento, análises e discussão nos estudos de mecânica respiratória.