Propostas de origem, evolução e contexto da Bacia da Formação Camarinha - transição Neoproterozóico - Eocambriano do estado do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Moro, Renata de Paula Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-09122015-112445/
Resumo: A bacia da Formação Camarinha, no centro-leste do Estado do Paraná, representa uma unidade da transição Neoproterozóico-Eocambriano na região. Assenta-se discordantemente sobre os metassedimentos proterozóicos do Cinturão Ribeira, constituídos pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e próximos ao Complexo Atuba, Núcleo Betara e Complexo Granítico Três Córregos, e é recoberta também discordantemente, a oeste, pelos sedimentos basais devonianos da Bacia do Paraná. A Formação Camarinha consiste em conglomerados, brechas, arenitos, siltitos, lamitos e ritmitos imaturos, medianamente a mal selecionados, distribuídos em quatro unidades intercaladas e com contatos transicionais entre si, das quais duas apresentam natureza mais conglomerática, e duas natureza mais síltico-arenosa. Estas unidades foram depositadas por processos como fluxos gravitacionais subaéreos a subaquosos, correntes de turbidez, sheet-floods e processos atuantes em frentes deltaicas, comuns em leques progradantes e retrogradantes de ambientes costeiros (fandeltas). As áreas-fontes dos sedimentos são representadas pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e pelos complexos Atuba e Três Córregos. Posteriormente, a bacia foi deformada pela atuação da Zona de Cisalhamento Transcorrente da Lancinha, com deslocamento lateral direito que gerou diversas estruturas rúpteis a rúpteis-dúcteis previstas no Modelo de Riedel. Reativações deste sistema proporcionaram intensa alteração hidrotermal, refletida em isócronas Rb-Sr obtidas. A Formação Camarinha encontra-se atualmente preservada em duas faixas dobradas na forma de sinclinais relacionados à Falha da Lancinha, constituindo remanescentes da bacia original. Os limites originais da bacia não se encontram preservados, tendo a mesma sido formada em ambiente tardi a pós-orogênico com relação ao Ciclo Brasiliano, bem como outras bacias similares do sul e sudeste do Brasil.