Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Dias, Mariana de Sales |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-09122019-175645/
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Resumo: |
Introdução: a sífilis congênita (SC) é uma doença de transmissão vertical de elevada magnitude para a qual existem recursos diagnósticos e terapêuticos simples e de baixo custo. Porém, seu enfrentamento ainda é um desafio para a Atenção Primária à Saúde. Questiona-se quais são as evidências científicas que devem ser tomadas em consideração quando se formulam políticas para o enfrentamento da SC. Objetivos: identificar revisões sistemáticas sobre enfrentamento da SC; averiguar opções para a redução da SC a partir da análise de evidências científicas; descrever a equidade das opções e realizar levantamento de possíveis barreiras à implementação; discutir as fragilidades e potencialidades da APS no enfrentamento à SC. Método: estudo de revisão de literatura que utilizou a ferramenta SUPPORT (SUPORTE a Ensaios e Revisões relevantes para as Políticas), sugerida pela Rede de Políticas Informadas por Evidências - EVIPNet, criada pela Organização Mundial de Saúde. Foram etapas do estudo: 1) Exploração do problema por meio de uma reunião com especialistas e pessoas-chave da área para discutir e delimitar questões relacionadas à ocorrência da síflis congênita; 2) Busca de evidências relacionadas ao enfrentamento da SC em revisões sistemáticas realizada por duas pesquisadoras em datas diferentes, nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde BVS, Cochrane, Embase, Health Evidence, Health Systems Evidence, Nice Evidence, Pubmed, Scopus; 3) Extração de dados relevantes das revisões sistemáticas selecionadas e avaliação da qualidade metodológica dos estudos com a aplicação do instrumento AMSTAR (A Measurement Tool to Assess Systematic Reviews); 4) Identificação das opções e dos aspectos relevantes para enfrentar a SC; 5) Levantamento e descrição das considerações sobre a implementação e sobre a equidade das opções e; 6) Produção de uma síntese de evidências para políticas de saúde de enfrentamento da SC no âmbito da APS. Resultados: na reunião com especialistas e pessoas-chave da área, reafirmou-se a alta relevância do tema e a prioridade do enfrentamento da SC no contexto local, necessitando de uma abordagem política e da busca de evidências. A busca de revisões sistemáticas encontrou um total de 310 artigos e, após leitura dos títulos e sumários, reduziu-se para 34 estudos, dos quais, após leitura completa, selecionaram-se 20 artigos. Foram elaboradas quatro opções: 1) Ampliar a oferta de teste de triagem para todas as gestantes e parceiros sexuais; 2) Realizar tratamento com penicilina benzatina para gestantes e parceiros sexuais com teste de triagem positivo para sífilis; 3) Elaborar estratégias para notificar parceiros sexuais de pacientes com diagnóstico de IST; 4) Realizar campanhas de saúde para informar as formas de prevenção da sífilis congênita; promover intervenções educacionais sobre o uso de preservativos, prevenção de IST e gravidez na adolescência. Todas as opções descritas na síntese têm potencial para enfrentamento da sífilis no âmbito da atenção primária à saúde, porém, elas não apresentam o mesmo nível de efetividade e requerem consideração sobre riscos e benefícios, bem como quanto a barreiras e facilitadores na implementação. Produto: conjunto de opções para o enfrentamento da SC no âmbito da APS a partir da identificação de evidências científicas. |