Efeitos do treinamento físico na estrutura e função diastólica do ventrículo esquerdo de pacientes com apneia obstrutiva do sono

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Durante, Bruno Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-09032020-120808/
Resumo: Introdução. O treinamento físico é um coadjuvante no tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS) e suas consequências. No entanto, o efeito do treinamento físico na remodelação cardíaca, incluindo disfunção diastólica ainda é desconhecida. Objetivo. Investigar o efeito do treinamento físico na função diastólica cardíaca de pacientes com AOS moderada a grave Métodos. Pacientes sedentários com AOS moderada a grave (índice de apneia-hipopneia, IAH >=15 eventos/h), foram randomizados para um grupo controle (AOSNT) e treinamento físico (AOST). Os pacientes do grupo AOST foram submetidos a 72 sessões de treinamento físico moderado, enquanto os pacientes do grupo AOSNT foram seguidos clinicamente por 6 meses. Polissonografia, ergoespirometria e ecocardiografia foram realizados no começo e no final do estudo. Resultados. Foram avaliados 38 pacientes (IAH=45±29 eventos/h, idade=52±7 anos, índice de massa corporal=30±4 kg/m2). O grupo AOSNT (n = 18) e o grupo AOST (n = 20) foram similares em todos os parâmetros iniciais. O grupo AOST apresentou um aumento da capacidade funcional. Não houve modança no grupo AOSNT. O treinamento físico causou uma melhora significativa na severidade da AOS (deltas: IAH=4,5±18 eventos/h versus -5,7±13 eventos/h; índice de despertares=1,5±8 eventos/h versus -6,1±13 eventos/h; grupo AOSNT e AOST, respectivamente, P < 0,05). Da mesma forma, o treinamento físico melhorou o tempo de relaxamento isovolumétrico (TRIV) (deltas: 6,5±17,3 versus -5,1±17,1; grupo AOSNT e AOST, respectivamente) após o período de intervenção, (P < 0.05). Houve uma correlação entre o delta do TRIV e o delta do índice de despertares no grupo AOST (r = -0,54, P < 0,05). Não houve diferença nos outros parâmetros avaliados, incluindo índice de massa corporal e pressão arterial. Conclusão. O treinamento físico melhora a função diastólica cardiaca, a capacidade funcional e a severidade da AOS, que confere a essa estratégia não farmacológica um importante papel no tratamento para AOS moderada a grave