Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Jorge, Juliano Afonsino |
Orientador(a): |
Fuchs, Sandra Cristina Pereira Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/205909
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Resumo: |
Objetivos: A apneia obstrutiva do sono (AOS) tem sido associada à disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (VE) e hipertensão (HAS). O tratamento da HAS com diuréticos pode reduzir a retenção de líquidos e a redistribuição rostral de fluidos em pacientes com AOS, levando a alterações nos parâmetros de função diastólica do VE ou influenciando diretamente esses parâmetros por meio de sua ação sobre a pressão arterial (PA). Neste ensaio clínico randomizado, comparamos os efeitos de uma associação de diuréticos ou anlodipino sobre os parâmetros ecocardiográficos de função diastólica do VE em indivíduos com AOS e HAS. Métodos: Pacientes com HAS e índice de apneia-hipopneia entre 10 e 40 eventos/ hora foram randomizados para receber clortalidona mais amilorida (25-5 mg por dia) ou anldodipino (10 mg por dia) por oito semanas. A PA foi medida através da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas. Foi investigado o efeito das intervenções nos parâmetros de função diastólica do VE (relações E/A, E/e’ septal, E/e’ lateral e E/e’ média). Variações dentro dos grupos foram avaliadas pelo teste t pareado e a variação entre os grupos intervenção e controle foi comparada usando um teste t para amostras independentes. Resultados: Dos 66 participantes randomizados, 62 completaram o estudo. A PA sistólica e diastólica (24 horas) diminuiu entre o início e o final do estudo nos grupos diurético (135,8 ± 13,9 para 124,9 ± 7,4 mmHg; P < 0,001) e anlodipino (136,6 ± 13,1 para 125,0 ± 8,8 mmHg; P < 0,001), sem diferenças entre os tratamentos. Houve um maior incremento no descenso noturno da PA sistólica (PAS) no grupo diurético em comparação ao grupo anlodipino (P = 0,01). Os seguintes deltas foram encontrados entre os grupos clortalidona mais amilorida e anlodipino, respectivamente: relação E/A, 0,006 ± 0,05 vs. -0,006 ± 0,03 (P = 0,8); relação E/e’ septal, -0,20 ± 0,36 vs. 0,08 ± 0,36 (P = 0,6); relação E/e’ lateral -0,14 ± 0,22 vs. 0,66 ± 0,38 (P = 0,07); e relação E/e’ média -0,19 ± 0,21 vs. 0,43 ± 0,32 (P = 0,1). Conclusão: Pacientes com AOS e HAS tratados por oito semanas com clortalidona associada a amilorida ou anlodipino apresentaram reduções semelhantes na pressão arterial e nas medidas estruturais do VE ao ecocardiograma. A tendência de maior efeito da associação de diuréticos sobre os parâmetros diastólicos e sobre o descenso noturno da PAS sugere que eles podem ter efeitos cardíacos benéficos no manejo da PA a longo prazo. |