Morada e lugar: poéticas do habitar entre sertão e cidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Azevedo, Jonas de Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-17122018-162450/
Resumo: A pesquisa propõe investigar o habitat do sertão por meio do campo ampliado da Teoria da Arquitetura. Na clivagem entre modernidade e tradição, a percepção de uma \"morada poética\" torna-se o eixo central da hipótese formulada. Pelo imaginário dos Gerais, transpondo o constructo do espaço moderno rumo ao \"sertão-mundo\", procuramos no texto documental e ficcional um manancial simbólico sobre a paisagem habitada do sertão. A centralidade da ideia de \"lugar\" deixa ver a \"terra da boiada\", onde é possível fazer a travessia de um sertão construído com as mãos a um território que se molda em forma mentis. Um rio-pensamento que se converte em cartografia poética, reunindo mundo e matéria na trama de um \"espaço vivido\". São nos confins dos Gerais que se constituem elos fortes entre espaço, linguagem e pensamento. A costura dessa trama é guiada por um olhar ao rés do chão. É na concretude do \"lugar sertão\" que se colhem os significados profundos da habitação, palmilhando o solo cotidiano com um olhar oblíquo sobre o modo de vida projetado. Interpretar a paisagem habitada dos Gerais impõe recuos sobre a realidade fática. O avanço da pesquisa se dá justamente no esforço de construir pontes entre a morada chã e sua medida empírea, mediando articulações entre sertão e cidade. Nesse interregno se desvela o \"metro\" poético da habitação.