HOXD10 em osteossarcoma pediátrico: análise do seu valor prognóstico e envolvimento nos processos de invasão e metástase

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Hakime, Rodrigo Guedes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-04082021-142157/
Resumo: O osteossarcoma (OS) é o tumor maligno ósseo de maior incidência em crianças e adolescentes, ocorrendo principalmente nas metáfises dos ossos longos. Apesar de tumores primários responderem bem ao tratamento, apenas 20% dos pacientes com metástases sobrevivem após 5 anos. Deste modo, a elucidação dos mecanismos moleculares envolvidos nos processos invasivos e metastáticos desse tipo tumoral torna-se imprescindível. A família de fatores de transcrição HOX, especificamente os clusters HOXA e HOXD, participam no desenvolvimento do tecido ósseo de forma normal, e quando alterados geram complicações nos membros posteriores de camundongos, além de serem associados à promoção de migração e proliferação celular. Estudos preliminares do nosso grupo mostraram que o gene HOXD10 se apresenta hiperexpresso em amostras de OS. Dessa forma, o presente estudo visou verificar o papel de HOXD10 na manutenção de processos celulares envolvidos na metástase (migração e invasão celular) através da sua modulação gênica in vitro em linhagens de OS (SaOS-2 e U2-OS), além de avaliar seu perfil de expressão em amostras tumorais por imunohistoquimica e sua associação com características clinicas. Nossos resultados sugerem um envolvimento importante de HOXD10 na capacidade migratória e invasiva das células, possivelmente devido à regulação da expressão de genes como MMP9 e PLAU, associados à manutenção destes processos. Este envolvimento, porém, parece variar entre linhagens de OS. Também foi possível observar uma associação significativa entre menores níveis de expressão de HOXD10 e maior volume tumoral, menor sobrevida, e pior resposta Huvos. De maneira geral, é possível sugerir que, como acontece em outros tumores de origem mesenquimal, a expressão de HOXD10 seja uma característica comum dos OS, mas seu papel nos processos invasivos pode variar, refletindo a expressiva heterogeneidadede deste tipo tumoral. Os dados ainda sugerem que menores níveis de HOXD10 implicariam em piores prognósticos, o que o torna um alvo interessante que merece ser melhor investigado neste tumor ósseo.