Avaliação da ressecção de metástases pulmonares em pacientes com osteossarcoma operados no período de 2005 a 2015
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6642615 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52441 |
Resumo: | Introdução: o osteossarcoma (OS) é o tumor maligno primário ósseo mais comum na infância e na adolescência. O pior fator prognóstico associado à doença é a presença de metástase ao diagnóstico. Dentre os pacientes com doença metastática, há tendência a melhor resposta ao tratamento com cura através de ressecção completa quando há presença apenas de lesões pulmonares. Objetivos: avaliar o impacto da ressecção de nódulos pulmonares em pacientes com suspeita de metástase de OS Métodos: revisão de banco de dados de 36 pacientes com OS metastático diagnosticados no período de 2005 a 2015 no IOP/GRAACC/UNIFESP. Resultados: dentre os 36 pacientes incluídos no estudo, 19,4% foram considerados inoperáveis ao diagnóstico. Dos 29 pacientes operados, 9 (30%) pacientes apresentaram lesões falso positivas. No procedimento cirúrgico foram ressecados 266 nódulos, sendo que apenas 43,6% destes nódulos haviam sido diagnosticados na tomografia de tórax, mostrando que a ressecção cirúrgica foi 3,4 vezes superior na identificação dos nódulos em relação ao exame de imagem. Dos 29 pacientes operados, 48,2% tinham nódulo único (incluindo nódulos menores que 0,5 cm até maiores que 1cm) com diagnóstico de metástase de OS em 70% destes após o procedimento. A taxa de sobrevida global na nossa população foi de 52,3 meses e, quando excluídos os falso-positivos, a estimativa média de sobrevivência foi de 41 meses. Documentamos também que ser verdadeiramente metastático apresenta risco de óbito 8,08 vezes maior que não ser metastático. Quando analisamos os pacientes recidivados, quase 50% destes que puderam ser abordados 3 ou mais vezes tiveram taxa de sobrevida global superior ao grupo que não conseguiu ser abordado cirurgicamente. Conclusões: Nosso trabalho mostrou que os pacientes que ressecaram completamente as lesões pulmonares tiveram importante impacto na taxa de sobrevida global em relação aqueles que não operaram. Mostramos ainda que a taxa de falso-positivo é ao redor de 30%. Contudo, novos protocolos de tratamento para o OS na tentativa de melhorar as curvas de sobrevida devem elaborar novas estratégias que reduzam os falsos-positivos e aumentem a sensibilidade diagnóstica. |